Paralisação nas obras entre Vila da Glória e Itapoá é alvo de protesto
Neste sábado, dia 25 de junho, a estrada que liga a Vila da Glória (São Francisco do Sul) a Itapoá deverá estar parcialmente bloqueada por quatro horas. Um grupo de moradores da região, cansado de enfrentar os buracos e a demora da obra de asfaltamento daquela rodovia, que faz parte do projeto Costa do Encanto, decidiu fazer um protesto e paralisar o trânsito no local.
Eles devem aproveitar a ação para conversar com motoristas e chamar a atenção das autoridades quanto à situação da rodovia.
O trânsito, possivelmente, será fechado por alguns minutos, enquanto os moradores conversam com os motoristas, sendo liberado em seguida.
Ao jornal Diário Catarinense, a moradora da região, Taís Ledoux, falou sobre a ação. “Não tem condições de trafegar ali. A gente quer fechar o trânsito das 11h00min às 15h00min, porque é preciso que a obra seja retomada. É a nossa única via de acesso”, reclamou.
O pior trecho é, justamente, o que liga a Vila da Glória à zona urbana de Itapoá, onde cerca de 12 km estão sem asfalto e com obras paradas. Buracos são abertos praticamente em todo o trecho a cada dia chuvoso.
Há locais, ainda, em que o solo é mais maleável e provoca erosão. As valas ficam cobertas ela água durante vários dias. Sem sinalização das obras, os moradores dizem que é bastante arriscado trafegar à noite pelo local, visto que muitas galerias abertas pelas máquinas estão expostas ao lado da via.
Essa paralisação ocorreu no começo de 2015, quando foram encontrados dois sambaquis na rodovia. Então, as máquinas foram impedidas de continuar os trabalhos, enquanto o Estado de Santa Catarina (responsável pela obra) não garantisse preservação dos sítios arqueológicos encontrados. Um levantamento que resultou no projeto de uma solução por parte de uma empresa de Joinville contratada foi realizado. No início deste ano de 2016, com as obras prontas para serem retomadas, um entrave com a Justiça Federal, que atendeu ao Ministério Público Federal, suspendeu as licenças fornecidas pela Fatma (Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina) às obras na Costa do Encanto. Além disso, a Justiça determinou a realização de um estudo de impacto ambiental e emissão de um relatório a esse respeito. Esse documento precisa ser feito pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Até o momento, tal processo não foi concluído e a obra segue parada.
De acordo com os moradores, o protesto será realizado mesmo com chuva.
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