Diretor eleito: gestão democrática em ação!

Sem imagemFalar em Gestão Democrática da Educação não é algo totalmente novo em nosso País. Segundo o artigo 206 da Constituição Federal de 1988, o ensino deve seguir critérios como obrigatoriedade, gratuidade, liberdade, igualdade e gestão democrática.

A gestão democrática na escola pública é uma maneira de organizar o funcionamento da instituição quanto aos aspectos políticos, administrativos, financeiros, tecnológicos, culturais, artísticos e pedagógicos, com a finalidade de dar transparência às suas ações, possibilitando, à comunidade escolar e local, a aquisição de conhecimentos, saberes, ideias e sonhos, num processo de aprender, inventar, criar, dialogar, construir, transformar e ensinar.

Para a efetivação desse processo, é necessário um olhar multifacetado da comunidade local. Uma escola não é construída e pensada para atender o aluno. O conceito é muito mais amplo. Ela é a responsável pela formação do cidadão que fará parte da sociedade. Indo mais a fundo, a escola é o palco para as transformações que refletirão nas melhorias da população em redor.

Por ser democrática, ela é de TODOS, feita por TODOS e para TODOS!

O conceito de democratização do ensino é antigo, porém, a verdade e aplicabilidade dele surgem a lentos passos e distante de ser uma efetiva realidade.

O Estado de Santa Catarina deu sinais desse avanço, pondo um fim aos cargos de indicação política para diretores escolares. O que pode se notar é a preocupação com a qualidade. Mediante a escolha de um plano de gestão, esse, fundamentado na realidade de cada instituição de ensino.

O candidato à direção deverá mostrar conhecimento da comunidade atendida, metodologias de ensino, habilidades administrativas, entre tantos outros itens. Ou seja, mostrar que deseja trabalhar de verdade, não bastando mais o “Q.I.”

O direito de voto, concedido aos alunos, funcionários, pais e responsáveis, nos coloca em um posicionamento libertador e igualitário. Não somos mais reféns de pessoas sem conteúdo e preparo para assumir essa importante função frente à escola. Deixamos para trás um ambiente partidário e carregado de um faz de conta, onde as regras são ditadas para uns em benefício de outros. Agora, escola, vira um ambiente de aprendizado e não um terreno fértil para a angariação de prováveis votos.

Somos livres! Livres e fortes para transformar metas e objetivos em ações!

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Gabriela de Paula Nascimento

Bióloga, especialista em Biologia Celular e Tecidual pela UFPR. Moradora de Itapoá desde 1992, atua como professora na Rede Estadual de Educação, área em que foca, principalmente, a formação de cidadãos conscientes.

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