“Opinião, conhecimento e verdade na elaboração do Plano Municipal de Cultura”, por Mutti Kirinus

Opinião, conhecimento e verdade são formas de expressão humana que muitas vezes se misturam e podem gerar confusão e muitas vezes não contribuir positivamente para a solucionar questões necessárias para o progresso de um setor.

É fato que a opinião está carregada de subjetividade, e no recorte de sua perspectiva individual ou de um segmento particular, não tem como chegar sozinha a um veredito que contemple todo um plano municipal. No entanto, ela é também fundamental pois esse mesmo plano não é abstrato e precisa ser elaborado a partir das realidades individuais dos artistas atuantes e seus segmentos.

Neste último mês, foi realizado um encontro muito positivo com a equipe da Univille que foi contratada para a elaborar o Plano Municipal de Cultura. O fato de ter uma universidade, que fará um estudo do cenário cultural da cidade, coletando dados, realizando entrevistas e promovendo mais encontros de discussões com a participação da classe artística, é já algo muito positivo. Pois será inclusive, a partir da organização das diversas opiniões, que se poderá dar um salto da opinião para o conhecimento, e a partir desse, se elaborar propostas melhores para o setor. Negar os benefícios e resultados que o método científico trouxe para humanidade é algo similar, guardadas as devidas proporções, que proclamar o terraplanismo, ou qualquer outra forma de negacionismo irresponsável. Será somente através do conhecimento real da realidade do setor, através de dados, números, atores, público, participantes, beneficiários, interesses, com metodologias de pesquisa sociológica que poderemos, inclusive, desenvolver e emitir opiniões mais assertivas dos caminhos que queremos para a cultura da nossa cidade.

Nesse sentido, tanto a participação como a cooperação com esse estudo é fundamental para setor. E a verdade? A verdade é justamente o ponto em que se unem as condições ideais para o desenvolvimento da cultura com as ações para transformar essas condições em realidade; partindo, é claro, do conhecimento objetivo da realidade que estamos inseridos; somado juntamente com o desejo, a vontade subjetiva de cada artista e promotor da cultura representado no plano.

Mutti

Mutti

Helmuth A. Kirinus é mestre em Filosofia pela UFPR, formado em gestão cultural e músico. Atualmente coordena 8 projetos via lei Rouanet de incentivo à cultura e 4 via Sistema Municipal de Desenvolvimento da Cultura de Joinville. É professor de violão e coordenador da Escola de Música Tocando em Frente em Itapoá. Atua também como representante técnico do setor Comunicação e Cultura dos projetos do Ampliar pelo Porto Itapoá.

Um comentário em ““Opinião, conhecimento e verdade na elaboração do Plano Municipal de Cultura”, por Mutti Kirinus

  • Avatar
    29 de junho de 2024 em 06:52
    Permalink

    As Ações culturais/artistas em Itapoá, seguem de “Vento em Popa”. Mutti e Nena Kirinus, são os grandes responsáveis por esse crescimento de qualidade e quantidade de realização no setor cultural de Itapoá. Arrisco afirmar, que não há, nem de perto, outro município de Santa Catarina, com realizações tão impactantes em prol da comunidade de Itapoá. O Porto faz o aporte financeiro, porque percebe que os projetos são sérios e bem elaborados. A comunidade agradece.
    Parabéns aos idealizadores.

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Deixe seu comentário via Facebook