“Renasce o MinC”, por Mutti Kirinus
Como foi prometido, e já esperado, logo após a posse, no segundo dia da nova gestão renasce o Ministério da Cultura. Desde a escolha da Ministra Margareth Menezes, da equipe técnica, e da cerimônia de posse, tanto da Ministra como do Presidente, a força ideológica que sustenta o novo governo é uma valorização do Brasil, através da valorização da sua riqueza e diversidade. A começar pelo hino nacional executado contemplando ritmicamente vários gêneros musicais brasileiros.
Importante também na cerimônia de posse do Ministério da Cultura a consciência presente nos diversos discursos do lugar central da cultura na sociedade, como o seu motor, gerador de energia, que faz a sociedade se movimentar em busca do aperfeiçoamento das relações e minimização das mazelas e iniquidades presentes neste processo que todos, todas e todes, vivemos. Isso aparece na fala da historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz onde ressalta que ‘a cultura não é um produto, mas ela é o que produz’.
Ressaltado pelos que tiveram a palavra foi a tentativa de desmonte da cultura e suas ferramentas no governo anterior. O que é algo óbvio para quem trabalha direta ou indiretamente com o setor cultural, mas é preciso ser repetido e esclarecido para grande parte da população, para evitar novas criminalizações e desvalorização dos trabalhadores da cultura, promovida e financiada pelos próprios ocupantes do poder público na gestão passada.
E para finalizar no discurso da Ministra, a ideia de que a Cultura, por não ser um produto, mas quem realmente produz a cidadania, deve estar presente e de mãos dadas com todos os outros setores que precisam da atenção do governo. Termino essa coluna com a frase lapidar da Ministra Margareth Menezes: ‘Educação sem cultura é ensino; Segurança sem cultura é repressão; Saúde sem cultura é remediação; e Desenvolvimento social sem cultura é assistencialismo.
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