“Luz no fim do túnel?”, por Thiago Gusso
Passados quase um ano e meio de pandemia pelo novo coronavírus no Brasil, o avanço ainda que tardio da vacinação e um recuo nos números relacionados à covid-19 no País nos fazem crer em dias melhores. Especialistas dizem que ainda é cedo para relaxar, mas certamente há motivos para acreditar que falta pouco para a volta de uma quase normalidade. E que assim seja!
Quando o novo coronavírus foi identificado no Brasil, em março do ano passado (2020), poucos imaginávamos que estávamos falando de uma doença que até o momento de fechamento desta coluna, no dia 05 de julho, já havia ceifado a vida de mais de 520 mil brasileiros. Não foram poucos os que desdenharam a doença, mas todos aqueles que, de alguma forma, conseguiram acompanhar o que vinha acontecendo em outros países, onde a pandemia chegou primeiro, sabiam que não estávamos falando de uma “gripezinha”.
Ou seja, mais de meio milhão de brasileiros como eu e você, que tinham famílias, planos para este ano, para o ano que vem, e os próximos, tiveram suas vidas abruptamente ceifadas. Hoje, é difícil alguém que não tenha perdido algum conhecido pela doença. E é triste constatar que muitas coisas poderiam ter sido evitadas com atitudes simples e um olhar humanitário de certos líderes políticos para toda a situação. Não tínhamos como salvar todo mundo, mas não precisava morrer tanta gente.
Houve também o prejuízo econômico, é bem verdade, mas esse acabou sendo um reflexo quase automático da falta de coordenação nacional no enfrentamento dessa grave crise sanitária. Quem teve a oportunidade de estudar um pouco sobre os países que se saíram melhor no combate à covid-19, facilmente chegou à conclusão de que a unidade em prol de medidas de segurança como o distanciamento social e o uso de máscaras salvaram milhares de vidas. Ainda que muitos digam que, no Brasil, houveram esses cuidados, é preciso lembrar que existiu também um estímulo absurdamente insistente para que tais precauções não fossem seguidas. Uma espécie de boicote às medidas sanitárias.
Mas, sim, quem sabe, estejamos mesmo vendo uma luz no fim do túnel. Isso não significa, de forma alguma, o imediato abandono dos cuidados necessários no combate à covid-19, sob o risco de a luz, que aparentemente é a do fim do túnel, ser somente o farol do trem que vai nos atropelar.
Sigamos com cautela, para que logo possamos nos abraçar, vivos, se Deus quiser!
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