ATENÇÃO: ainda que os tempos sejam de Covid-19, é preciso também prevenir a dengue
É inegável que o foco do sistema de saúde no Brasil desde março do ano passado (2020) tem sido os cuidados de prevenção e combate à pandemia pelo novo coronavírus. Diante das milhares de mortes que a doença causou e tem causado em todo o País, não teria como ser diferente. A extrema necessidade em relação a esses cuidados pode fazer com que nos esqueçamos de outras importantes medidas de saúde que deveriam caminhar junto às demandas que a covid-19 nos traz.
Um exemplo disso são os cuidados relacionados à dengue, tema que apesar de não estar em foco, tem causado preocupação em muitos estados e municípios do Brasil nos primeiros meses deste ano de 2021. Garuva, por exemplo, já contabilizou (até a última divulgação sobre o tema, no dia 05 de maio) 101 focos do mosquito Aedes aegypti, que transmite não só a dengue, mas também a zika, chikungugya e febre amarela, todas doenças que podem levar à morte. De acordo com a Prefeitura garuvense, a situação preocupa, já que a média mensal neste início de ano está bem superior à do ano passado. Em Itpaoá, a situação é melhor, mas nem por isso a população pode relaxar. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde, o município itapoaense não possui casos autóctenes da doença, ou seja, não possui contágio dentro do município em 2021. “Este ano, tivemos um caso importado positivo para dengue. A pessoa viajou para uma cidade com casos da doença e retornou com os sintomas”, explica Danuska Matos Rodrigues da Silva Boldori, enfermeira da Vigilância Epidemiológica do Município. Além disso, foram encontrados apenas dois focos positivos do mosquito. Para que a situação continue tranquila na Cidade, é de extrema importância que a população siga tomando todos os cuidados para prevenir a proliferação do mosquito, conscientizando-se em relação à água parada, que é onde ele se cria.
Para auxiliar nesse trabalho de prevenção à doença, a Secretaria de Saúde de Itapoá conta com agentes de endemias, que trabalham intensamente na localização e investigação dos focos de mosquito, além de realizarem orientações e todo um mapeamento sobre possíveis casos da doença que venham a surgir, para tentar evitar a proliferação do mosquito, que costuma ser bem rápida.
De acordo com a Organização Médicos Sem Fronteiras, atualmente, a principal forma de prevenção à dengue é o combate aos mosquitos – eliminando os criadouros de forma coletiva com participação comunitária – e o estímulo à estruturação de políticas públicas efetivas para o saneamento básico e o uso racional de inseticidas. Por isso, é de suma importância que cada cidadão faça a sua parte: “não deixe a água parada”.
Do jornal impresso Itapoá Notícias. FOTO: Agência Brasil / Divulgação.
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