Polícia e Bombeiros militares de Itapoá também se adaptam ao novo momento
Com o comércio funcionando parcialmente e importante fatia da população aderindo às medidas de contensão e isolamento social em função da pandemia pelo novo Corovírus, a rotina de Itapoá, assim como de milhares de cidades mundo afora, sofreu grandes mudanças. Bombeiros e policiais militares, profissionais essenciais e que convivem diariamente nas ruas, também tiveram suas atividades impactadas.
Em conversa com o Itapoá Notícias, o Tenente Richardson Bortolini Lima, comandante da Polícia Militar de Itapoá explica como esse momento está sendo sentido pela PM local. “Todos os setores tiveram um impacto e, na corporação, ainda que menor, também ocorreu. Podemos descrever dois exemplos, sendo a suspensão do atendimento ao público e o sistema de home office de nosso expediente. Várias demandas foram suspensas. Compras que não puderam ser efetivadas pois não haveria entregas, o que nos obrigou buscar adaptações, mas nada que gerasse consequências ao serviço público. O sistema home office também era algo novo para nós, então demandou muita paciência e adaptações. Já o atendimento ao público suspenso acaba também por afetar, em especial, as nossas Redes de Vizinhos, com o cancelamento de reuniões, interrupção de novos participantes e até mesmo o congelamento dos grupos por alguns dias devido a grande massa de informações publicadas”, comenta Tenente Lima.
A Polícia Militar de todo o estado de Santa Catarina também tem atuado fortemente no trabalho preventivo em relação ao Covid-19. “No início, houve alguma resistência em atendimentos pontuais, mas sempre nos utilizando de bom senso, conseguimos contornar, conscientizando as pessoas da melhor forma possível através do diálogo, sempre no intuito de orientar, demonstrando mais uma vez que estamos juntos no mesmo barco. Polícia Militar está presente para proteger e não para prejudicar. De outro lado, como citado, congelamos as Redes de Vizinhos e iniciamos um trabalho apenas de orientação. Diariamente, publicávamos todas as informações possíveis para deixar todos bem informados”, conta.
“Estamos em um momento ímpar da história. Nada igual em tempos recentes. Precisamos, mais do que nunca, estar unidos, agindo com paciência infinita, nos colocando no lugar do outro de maneira que possamos entender as angustias e necessidades, buscando sempre de forma harmônica e racional resolver as demandas”, conclui o comandante da Polícia Militar de Itapoá.
O jornal também aproveitou para conversar com o Tenente Alexandre de Mello Rogge, que é quem responde pelo Corpo de Bombeiros Militar de Itapoá. Ele comenta que o efetivo de bombeiros comunitários foi reduzido, além de que alguns bombeiros militares passaram a trabalhar em “home-office”. “Assim, a guarnição está trabalhando com o menor efetivo possível e os que estão realizando trabalho administrativo em casa compõem a chamada reserva operacional, visando se preservar para substituição caso algum dos bombeiros que estão na guarnição de serviço seja afastado por suspeita de Covid-19, uma vez que o serviço não pode parar. Tais medidas foram tomadas a fim de reduzir a circulação de pessoas no quartel e, assim, a possibilidade de contaminação. Também tivemos que fortalecer nossos estoques de materiais de assepsia (álcool gel, líquido, etc.) e adquirir mais e novos materiais de proteção individual (luvas, máscaras, etc.). Além disso, todos tivemos que mudar hábitos, adotando as medidas de prevenção recomendadas pelas autoridades da saúde (lavar as mãos, higienizar ambientes, manter distância, etc)”, detalha o Tenente Rogge.
O comandante dos bombeiros de Itapoá comenta ainda que as ocorrências de atendimento pré-hospitalar e acidente de trânsito reduziram muito, devido à diminuição da circulação das pessoas e também porque as pessoas deixaram de chamar a ambulância para coisas mais simples, como dor de barriga, por exemplo. “No caso específico da ambulância, tivemos que redobrar os cuidados com higienização e com o uso de equipamentos de proteção individual. No que diz respeito aos atendimentos do Serviço de Segurança Contra Incêndio (SSCI), setor responsável por vistorias em edificações e análises de projetos, houve uma mudança no protocolo. Tudo está sendo feito via e-mail e telefone. As análises de projetos estão sendo feitas em casa e as vistorias foram suspensas, salvo em casos de edificações com maior risco”, conta.
“A diminuição da atividade econômica vai refletir na arrecadação das taxas de vistorias. Assim, a compra e a manutenção de equipamentos tende a ficar prejudicada. Mas ainda é cedo para avaliarmos completamente essa questão”, explica Tenente Rogge. Outro ponto importante, segundo ele, são as rondas ostensivas que estão sendo realizadas diariamente nas praias, no intuito do cumprimento do Decreto Estadual que proíbe a permanência e a concentração de pessoas nas mesmas. Porém, nesse ponto não se tem encontrado problemas, já que as pessoas prontamente atendem a solicitação dos bombeiros. “Cabe esclarecer que caminhada, pesca, desde que sozinhos, não estão proibidos. O que não se pode fazer é colocar cadeiras, guarda-sol, ou se concentrar com muitas pessoas”, esclarece. Outra questão são os cursos às comunidades, os quais estão suspensos, como por exemplo o Curso Básico de Atendimento a Emergências, o Curso de Formação de Bombeiros Comunitários e os cursos dos Guarda-Vidas. O cronograma que havia sido planejado para os cursos foi suspenso, e isso, infelizmente, pode acarretar problemas mais para a frente, como a falta de guarda-vidas ou de bombeiros comunitários. “Por fim, gostaríamos de pedir que a população siga as orientações das autoridades de saúde, pois só iremos passa por essa fase com sucesso se cada um fizer a sua parte. Mais do que nunca, precisamos trabalhar juntos”, conclui o Tenente Rogge.
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