Em Itapoá, projeto “Violão Brasileiro” conta a história do instrumento no País
Na tarde deste sábado, dia 10 de agosto, foi realizada uma das palestras com apresentações musicais do Projeto “Violão Brasileiro”. Aberta ao público, ela ocorreu no Centro Cultural IGG. A segunda, dia 20/08, às 19h30, ocorrerá na Escola de Educação Básica Nereu Ramos e será voltada exclusivamente à comunidade escolar. Ambos os momentos são viabilizados por Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cidadania por meio do Porto Itapoá e com o apoio da Escola de Música Tocando em Frente e da Tribuna de Itapoá.
A ideia do “Violão Brasileiro” surgiu em 2017 com o projeto “Sua Majestade o Violão”, no qual o professor Nicolau Schmidt Júnior (proponente e palestrante da ação) e o gestor cultural Helmuth Kirinus (o professor Mutti) contavam a história dos violinistas-compositores brasileiros da primeira metade do século XX com a execução de peças musicais em solo e duo. Sete escolas municipais receberam um total de 15 apresentações daquele projeto, sendo uma destas aberta ao público, que pode prestigiar um repertório repleto de canções que fazem parte da história do violão brasileiro.
Em 2018, um novo projeto baseado naquele de 2017 teve início: a Orquestra de Violões Sua Majestade o Violão. Nela, o professor Mutti, através da Escola de Música Tocando em Frente, faz um trabalho de formação continuada ao ensino do violão. Com isso, forma-se, em Itapoá, um grupo de estudantes de violão, que conta com o auxílio de Nicolau Schmidt nos elementos técnicos e musicais. Por fim, o projeto Violão Brasileiro é a continuidade daquele realizado em 2017, porque a ideia é justamente dar continuidade àquela história.
Ainda antes da apresentação deste sábado (10/08), à Tribuna de Itapoá, o proponente Nicolau Schmidt Júnior contou suas expectativas com as duas palestras deste mês de agosto. “Com certeza, vai ser uma experiência bastante gratificante, em que poderei passar, nessas palestras, meus conhecimentos técnicos e musicais”, explica.
Gestor cultural da Escola de Música Tocando em Frente – que participa da idealização e administração do “Violão Brasileiro” – Helmuth Alfonso Kirinus comenta que o projeto possui 50% do seu valor captado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O patrocinador exclusivo é, até o momento, o Porto Itapoá.
A palestra tratou dos percursores do violão brasileiro, com o seguinte repertório e compositores: Abismo de Rosas – Américo Jacomino (Canhoto); Sons de Carrilhões – João Pernanbuco; Magoado – Dilermando Reis; Olhos que Choram – Nicanor Teixeira; e Prelúdio N° 1 – Villa Lobos. Logo após a palestra, o especialista em violão, com pós-graduação na Belas Artes, Nicolau Schmidt, ofereceu um máster class para estudantes de violão inscritos previamente, que foram ouvidos individualmente e receberam conselhos e dicas para seu desenvolvimento violonístico.
No dia 20 de agosto, essa história será novamente contada para os estudantes do Ensino Médio da Rede Pública de Ensino, mais precisamente no Colégio Nereu Ramos. “Contar e recontar nossa história através da música e fazê-la transpor os limites dos conservatórios e horizontes das pessoas que estudam música é fascinante e o contágio pelo interesse dessa história inevitável”, garante o professor Mutti.
“Com o valor captado até o momento, temos previstas, além das duas palestras, nove apresentações nas escolas municipais. Como ainda temos este ano fiscal de 2019 para captar, as apresentações serão realizadas no período escolar de 2020. Caso consigamos, neste ano fiscal, o restante da captação através de empresas da Cidade, realizaremos todas as 19 em Itapoá. Caso haja o patrocínio através de uma empresa de outro município e essa deseje contemplar os munícipes de sua cidade, é possível o projeto ser realizado em dois ou mais municípios, respeitando os percentuais aportados em cada um deles. Caso a captação fique nesse valor de 50%, se realizará o cumprimento parcial do objeto em Itapoá”, conclui Helmuth Kirinus.
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