Lutador de Itapoá estreia em maior evento de trocação da América Latina
Considerado o maior evento de trocação da América latina, o WGP é chancelado pela Confederação Brasileira de Kick Boxing. Trata-se de uma competição cuja participação é muito almejada por lutadores brasileiros. Por esse motivo, um lutador itapoense está muito feliz com a oportunidade que recebeu de lutar nessa importante competição. Trata-se de Edison Pastor, que enfrentará Luiz Henrique de Praia de Leste, Pontal do Paraná (PR). O evento ocorre na tarde deste domingo, dia 16 de dezembro, a partir das 15h30, em Joinville, no Centro de Eventos Carl Hansen, com transmissão ao vivo em alguns canais fechados de televisão.
Quem fala à Tribuna de Itapoá sobre tudo relacionado à luta, é o próprio atleta de Itapoá, Edson Pastor. “Irei lutar no WGP 52 Final Tour, que é a última edição do ano [2018] e que tem como marco, a volta do ex-lutador do UFC Vitor Miranda ao Kick Boxing, modalidade em que ele tem muitos triunfos. Teremos cinco atletas representando a Teixeira Team [time do qual Edson Pastor faz parte] no card do Evento. Como destaque, o encerramento do meu professor das lutas, com 42 anos, Rodrigo Teixeira, que se aposenta lutando contra um atleta renomado, Jonathan Vendrame. Rodrigo é um dos maiores nomes do litoral [compete por Guaratuba (PR)] como atleta e como professor, formando além de mim, outros atletas profissionais e muitos atletas amadores, além de conquistar vários títulos como atleta profissional no Muay Thai e no Kick Boxing”, detalha o lutador itapoanse.
A Tribuna de Itapoá aproveitou a oportunidade para conversar com o atleta local e saber um pouco mais da história dele com as lutas. Confira:
Como se desenvolveu a sua carreira de lutador?
Eu, desde pequeno, gostava de artes marciais. Sempre fui muito fã do Bruce lee, li muitos livros dele, e assisti todos os filmes, além de filmes com Van Damme, Chuck Norris, entre outros artistas famosos de lutas. Sempre fui praticante, iniciando minhas atividades com 13 anos no Kung Fu. Tive uma pequena passagem pelo Jiu Jitsu, mas me encontrei quando tinha 19 anos e conheci o Rodrigo Teixeira, que é meu professor e mentor hoje devido ao seu comprometimento e seriedade no esporte. Em 2008, quando iniciei no Muay Thai, a intenção já era competir e me tornar um professor com um sonho de ter minha academia, local em que eu pudesse representar meu time, que é a Teixeira Team, de uma forma honesta. Hoje, sou lutador profissional de Muay Thai e Kickboxing, árbitro oficial da Federação Paranaense de Boxe Tailandes e MMA, e árbitro de Confederação Brasileira de Kick Boxing. Estou com a graduação prajied [espécie de faixa do Muay Thai] preta pronta e estou concluindo este ano [2018], a faculdade de Educação Física, que sempre foi um sonho desde criança. Desde 2009, eu entrei nas competições. Minha primeira luta na época, no amador, foi em evento em Curitiba (PR), organizado pelo Waslov, que é um dos organizadores de eventos mais respeitados de Curitiba. Minha primeira luta foi contra um atleta muito mais experiente, na qual consegui sair com a vitória depois de quatro rounds duros. Depois disso, ainda no amador, realizei mais 12 lutas, fechando minha carreira no Muay Thai e Kickboxing amador com um saldo de 10 vitórias sendo 4 por nocaute e 6 por pontos, e 3 derrotas. Lutei em vários eventos, chegando a ficar em terceiro no Paranaense de Muay Thai Amador. Quando iniciei as atividades aqui em Itapoá, eu ainda era um atleta amador, mas lutei nos maiores eventos amadores que haviam na atualidade: Copa Strikers House, Copa Thai Brasil, Copa Oosmar Dias, Paranaense da F.P.B.T e MMA, Copa Guara Fight, Torneio Estímulo e, devido à dificuldade no fechamento das lutas, veio a oportunidade de estrear no Muay Thai e Kickboxing Profissional. Em minha estreia no profissional, acabei lutando com um atleta de Curitiba, que era temido pela sua agressividade e experiência, mas sempre acreditei nos meus mestres e encarei o desafio. Na noite antes da luta, nem consegui dormir, pois ia lutar com um adversário que já era prajied preta e tinha algumas lutas [profissionais no currículo], mas acabei conseguindo encaixar um cruzado no fim do primeiro round em que meu adversário caiu apagado e consegui me consagrar campeão por nocaute. Minha luta mais difícil foi a segunda que fiz. Lutei com um atleta que, na época, era um dos melhores da minha categoria, temido pela sua envergadura e experiência, pois vinha de uma escola muito tradicional no Norte do Paraná, a Arena Fight, que tem como mestre o ex-lutador de MMA e Muay Thai, o multicampeão Mattos. Lutei com o pupilo dele em uma luta que durou três rounds duros, que acabou empatada, abrindo um quarto round para desempate. Nesse quarto round, consegui aplicar muitos golpes fortes, o que acabou fazendo a diferença na pontuação final, e me consagrei campeão. Depois, fiz várias lutas em vários eventos renomados e, por último, fui desafiado à disputa de cinturão de Kick Boxing na categoria 60 kg em Itajaí, de onde consegui trazer o cinturão para Itapoá com uma vitória por nocaute tecnico no primeiro round. São 16 lutas profissionais de Kick boxing e 2 de Muay Thai, somando 18 lutas profissionais. Agora, fui convidado a participar neste domingo, dia 16 de dezembro, do maior evento da América Latina de Kick Boxing, o WGP, que é o sonho de muitos lutadores aqui no Brasil e que era um objetivo pessoal meu e um sonho que está se realizando. Vou lutar representando Itapoá mais uma vez e será contra um atleta de Praia de Leste no Paraná, que já tem várias passagens internacionais, inclusive na Tailândia, onde foi campeão mundial e fez várias lutas profissionais. Será uma luta duríssima contra um atleta que tenho muito respeito e admiração, mas treinei muito e estou pronto para mais esse desafio. Agradeço, de coração, aos meus patrocinadores: Lippi Engenharia, Nipo Farma, Dalvane Pinturas, Panificadora Doce Tentação, Meco Chaveiro, Ótica Lumini, Bar do Marco e alguns anônimos que dão força e acreditam no potencial e no meu trabalho.
Quais você considera os seus pontos fortes nas lutas?
Eu tenho como pontos fortes, velocidade, contragolpes fortes, versatilidade e visão boa de luta, conseguindo seguir a estratégia com facilidade. O principal diferencial é a força dos meus golpes. Em relação à minha próxima luta, o meu adversário tem uma envergadura muito maior, então será uma luta bem interessante, pois quem conseguir colocar seu jogo em prática vai sair campeão. Sempre digo, luta é igual um jogo de xadrez, em que aquele que usa a peça na hora certa sai campeão.
Quer deixar alguma consideração final?
Eu gostaria de agradecer a todos que direta ou indiretamente me ajudaram nesses seis anos. Fui muito bem recebido em Itapoá. Tenho respeito por muitas pessoas que sempre acreditaram e apoiaram meu trabalho aqui. Peço a todos, independente da modalidade e esporte que escolher, sempre busquem pessoas qualificadas e com histórico para treinar. Peço a todos os pais que coloquem seus filhos para praticar um esporte, pois esporte é vida e dá direção para as crianças, afastando-as do perigo das drogas e das ruas. Tenho a intenção de realizar projetos envolvendo crianças, mas preciso do apoio dos pais, Prefeitura, diretores de escpças, Secretaria de Educação e de Esporte, empresas sérias que acreditam que o futuro dos nossos baixinhos pode ser melhor e colegas do mesmo segmento que pretendem juntar forças para trabalhar em prol das nossas crianças. Ao Senhor, a Gloria.
Para mais informações, o telefone (com WhatsApp) do Edson Pastor é o (41) 99676-5922.
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