Surgimento de águas-vivas e caravelas na faixa de areia de Itapoá exige cautela dos banhistas
Um fenômeno marinho vem atingindo boa parte das praias de Itapoá nos últimos dias. Trata-se do aparecimento das chamadas caravelas e águas-vivas na faixa de areia, que sempre trazem preocupação aos banhistas principalmente por causa das queimaduras que elas provocam ao entrarem em contato com a pele humana.
Conforme o Corpo de Bombeiros Militares de Santa Catarina, o aparecimento do animal marinho é muito comum nesta época do ano devido a característica das águas, que têm fundo arenoso. Além disso, elas costumam vir para perto da orla após a ocorrência ressacas e tempestades. Geralmente, as caravelas flutuam na superfície da água e, apesar de se deslocarem em baixa velocidade, ficam sujeitas às condições das correntes marinhas e ondas.
Para capturar seu alimento, elas inoculam sua peçonha através dos nematocistos. Cada nematocisto possui uma pequena cápsula arredondada contendo a peçonha e uma ponta que é projetada para fora ao entrar em contato com a vítima. A água-viva possui milhares de nematocistos prontos para serem disparados ao entrar em contato com a pele humana, o que causa muita dor.
SINAIS E SINTOMAS:
− Os sinais e sintomas mais comuns são as urticárias e queimaduras locais dolorosas que podem durar de 30 minutos a 24 horas;
− Nos casos mais graves, podem ocorrer dor de cabeça, mal-estar, náuseas, vômitos, câimbras e outros que vão desde a dificuldade respiratória até as arritmias cardíacas, paralisia, delírio e convulsão;
− A morte é rara, mas pode ocorrer por insuficiência respiratória ou choque, provocado por efeito da intoxicação ou de anafilaxia.
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR:
1. Não permitir que a vítima coce o local;
2. Se possível remover cuidadosamente os tentáculos aderidos, e NUNCA esfregar a região atingida, pois aumenta o rompimento dos nematocistos;
3. Lavar abundantemente a região atingida com a água do mar para remover ao máximo os nematocistos e os tentáculos aderidos à pele. Não utilize água doce, pois ela pode romper (por osmose) os nematocistos que ainda não descarregaram sua peçonha;
4. Lavar a região, sem esfregar, com ácido acético a 5% (vinagre) por cerca de 5 a 10 minutos e alternar com água do mar por 2 a 3 vezes. O vinagre desativa os nematocistos ainda íntegros e neutraliza a peçonha, mas não tem ação sobre a dor;
5. Caso a dor continue, use compressas geladas no local;
6. Havendo reação alérgica ou inflamatória importante, a vítima deverá ser conduzida para atendimento médico.
Da Prefeitura de Itapoá, com adaptação da Tribuna de Itapoá. FOTO: Prefeitura de Itapoá / Divulgação.
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