No embalo da musicoterapia

Uma música mais animada para um dia de festa ou mais tranquila para uma meditação, é fato que os sons e melodias têm influência sob o nosso cérebro, mas afinal, você já ouviu falar em musicoterapia?

De acordo com a musicoterapeuta Ana Léa Maranhão, a musicoterapia é um tratamento que utiliza os sons, músicas e expressões nas mais variadas formas, com métodos e técnicas próprias. O objetivo é abrir os canais de comunicação entre musicoterapeuta e paciente num processo terapêutico, e alcançar os objetivos propostos de acordo com o desequilíbrio apresentado.

Ela explica que as técnicas da musicoterapia podem ser aplicadas desde a gestação à terceira idade. “É eficaz nos mais diversos quadros, como deficiências, problemas emocionais, familiares, sociais, nas áreas da saúde, educação, recursos humanos, assim como na profilaxia”, ressalta.

O tempo de tratamento pode variar de acordo com a necessidade de cada paciente. Ana Léa afirma que “as conquistas ocorridas dentro dos consultórios são levadas pelos pacientes para seus vários ambientes de convivência diários, pois trabalha-se bastante com a inclusão”.

Tipos de músicas

De sons da natureza, ambiente, vocais e sintetizados a músicas que são mais comuns, a seleção dependerá do objetivo terapêutico e da história do paciente. Não há uma receita fixa: cada ser é único e possui necessidades diferentes. O importante é estar aberto e se permitir para que o tratamento chegue ao intuito proposto.

História

Ainda de acordo com a musicoterapeuta, a musicoterapia surgiu na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, por conta do grande número de feridos e de todo sofrimento que a população estava passando, para o qual a música era um bálsamo. Após a guerra, nos Estados Unidos, começaram as primeiras pesquisas científicas, e seu uso foi difundido. Já no Brasil, a primeira turma do curso de Musicoterapia foi no Rio de Janeiro, no CBM (Conservatório Brasileiro de Músicas) há mais de quarenta anos.

Atualmente, há faculdades que oferecem cursos, pós-graduação e graduação em musicoterapia. “Há cada vez mais procura, no mundo todo, por tratamentos chamados de ‘alternativos ou complementares’. As PICs (práticas integrativas e complementares), além de buscar o equilíbrio do indivíduo, nas mais diversas áreas da vida, melhoram a qualidade de vida, podendo ser disponibilizados como única opção ou em tratamentos interdisciplinares. Muitos médicos, principalmente neurologistas e psiquiatras, recomendam a Musicoterapia hoje em dia, devido à grande quantidade de pesquisas científicas no mundo todo”, explica Ana Léa.

Vale ressaltar que a Musicoterapia está inserida no CBO (Código Brasileiro de Ocupações), e todas as graduações e pós-graduações no Brasil, que são filiadas à UBAM (União Brasileira de Musicoterapia), são reconhecidas pelo MEC (Ministério da Educação).

*ANA LÉA MARANHÃO – Mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP), Graduada em Musicoterapia (Faculdade Marcelo Tupinambá-SP), Musicoterapeuta Clínica (Atuando na Clínica Neurovital – Florianópolis/SC). Professora na graduação Unisul – Universidade do Sul de SC, Pós-graduação do CENSUPEG e da FAC Candeias. Autora de dois livros, capítulo de livro e diversos artigos acadêmicos. Musicoterapeuta Acamt 012-0.

Imagem:Divulgação/Internet

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Luana Cristina

Jornalista pela Univali (Universidade do Vale do Itajaí), já trabalhou em veículos de comunicação em Santos (SP), editoras de revistas de Balneário Camboriú e Itajaí. Atualmente, integra a equipe de jornalismo do site Tribuna de Itapoá e do jornal impresso Itapoá Notícias.

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