Eleições 2018: “que comecem os jogos”, por Thiago Gusso
Com cenários cada dia mais desenhados, a corrida eleitoral 2018 promete, no mínimo, boa dose de emoções. Especialistas defendem que essa deve ser a corrida eleitoral mais apertada e sem prognósticos da história das eleições no Brasil. Neste momento, não é possível apostar com firmeza na vitória de qualquer candidato. Encontramos um cenário com candidaturas muito pulverizadas dentro das ideologias políticas, o que amplia as incertezas e a dificuldade de previsões.
De forma ainda precária, dado o fato de as candidaturas acabarem de ter sido confirmadas, as pesquisas eleitorais podem dar sinais do apelo popular, mas isso é insuficiente para diagnosticar o rumo das eleições que caminha para ser tão ou mais imprevisível do que que aquelas vencidas por Fernando Collor de Melo, em 1989.
A grande certeza é que com alguns desfechos jurídicos, como aqueles que resultaram na prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT perde parte da popularidade de outrora e, embora, não deixe de ser um dos protagonistas da corrida eleitoral, encontra dificuldades para se reafirmar, principalmente considerando a situação, ao que tudo indica irreversível a curto prazo, de seu principal nome na corrida eleitoral.
Por outro lado, o que pode confortar um pouco a esquerda, é perceber que o centro está pulverizado. Geraldo Alckmin e Henrique Meirelles terão muito trabalho para “caírem no gosto do público”. Caindo mais para a direita, na parte extrema, Jair Bolsonaro parece ter um eleitorado amplo e fiel, principalmente entre os que manifestam opinião política na internet, mas sua rejeição é bem considerável, o que deixa dúvidas sobre a possibilidade de ele alcançar os 50% + 1 voto necessários para sua eleição, seja no primeiro ou no segundo turno. O baixo tempo que ele terá de TV também é um entrave.
Com o atual cenário, especialistas acreditam fortemente na possibilidade de que o mais votado no primeiro turno não atinja 30% dos votos válidos, o que tornaria a Eleição extremamente acirrada, com pouca diferença entre quatro ou cinco primeiros colocados. Ou seja, a formação do segundo turno seria definida nos detalhes.
Outra peculiaridade da eleição atual é que, diferente das últimas, a baixa popularidade de Temer faz com que não haja qualquer disputa pelo apoio do presidente. Com isso, ao que tudo indica, a máquina pública será menos explorada do que em outras ocasiões, quando era um instrumento que agregava muita força ao candidato de situação.
As suspeitas de corrupção e a quase nula prometida recuperação econômica inviabilizam uma reeleição ou, mesmo, a continuidade de Governo pelo mesmo grupo político do atual Presidente da República.
Independente de qualquer coisa, todos os candidatos tentarão emplacar números expressivos no primeiro turno, pois esses definirão a importância que cada um terá na sequência da disputa eleitoral e, até mesmo, na formação de um futuro governo.
As cartas estão dadas, o jogo começou e a nossa torcida é para que vença o melhor (não exatamente no jogo político, mas aquele que carrega consigo as melhores condições para governar um País tão grande e complexo como o nosso).
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