Propriedade de Garuva é ocupada por membros do MST
Uma propriedade particular de Garuva foi ocupada por um grupo de pessoas vinculadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na manhã dessa segunda-feira, dia 10 de abril.
O local fica no interior do Município, às margens da rodovia SC-417, no bairro Mina Velha, próximo à divisa com Guaratuba / Paraná. Pelo menos 200 famílias do Movimento montou acampamento na área e a expectativa do grupo é que esse número chegue a 600. Essas famílias são de Joinville (principalmente dos bairros Jardim Paraíso e Paranaguamirim), Jaraguá do Sul, Garuva e Araquari.
De acordo com o MST, a área invadida está parada há 12 anos, sendo que o dono da propriedade possui dívidas com o Governo Federal. O advogado do proprietário das terras nega essas informações.
A ocupação, que faz parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, já era planejada há meses. Várias ocupações devem ocorrer entre o dia 10 e 17 de abril.
Um boletim de ocorrência sobre o fato foi registrado pela Polícia, que esteve no local. Uma área está ocupada em Santa Catarina, no município de Fraiburgo.
De acordo com o MST, a decisão dessas famílias – que são de origem rural – acontece por diversos motivos, tais como o aluguel caro, o custo de vida alto, o desemprego e a falta de segurança na Cidade. A ideia do Grupo será iniciar o plantio para a produção de alimentos e a criação de gado leiteiro.
O acampamento foi nomeado como Assentamento Egídio Brunetto.
Prefeitura de Garuva recebe representantes do Movimento
Na manhã desta quarta-feira, dia 12 de abril, a Prefeitura de Garuva recebeu membros representantes do grupo que está ocupando a propriedade.
Segundo divulgado pelo Poder Executivo Municipal garuvense, tão logo souberam da ocupação, as autoridades entraram em contato com os militantes para conhecer suas condições e histórias. A reunião contou com a presença de cinco militantes; do conselheiro tutelar Márcio Alves da Luz; o vereador Paulo Guataçara, que representou a Secretaria Municipal de Agricultura; o chefe de Gabinete do Prefeito Adamastor Saad Benedet Junior; o comandante da Polícia Militar da Cidade, Sargento Polsin; e o prefeito Rodrigo David.
“O prefeito municipal deixou todos à vontade para expor suas necessidades, declarou não estar a cargo de julgar, acreditando na causa do movimento e suas bandeiras a serem defendidas. Iniciou a reunião relatando as condições financeiras da Prefeitura e dificuldades que estão sendo enfrentadas neste primeiro momento, porém, declarando estar em busca das melhores alternativas para todos. O grupo relatou estar em busca de sustento e melhores condições de vida, visando sair da zona urbana para viver em maior segurança na área rural. Os cenários de violência e o desemprego é o que mais motiva o movimento a buscar terras a serem ocupadas”, diz nota publicada no site da Prefeitura garuvense.
Os representantes do Poder Executivo Municipal relataram que a educação escolar é de grande importância e preocupação, tanto da Prefeitura quanto dos militantes do Movimento. Por esse motivo, o número de crianças alojadas deve ser informado ao Poder Executivo até a próxima segunda-feira, dia 17 de abril, para que sejam tomadas as medidas cabíveis para que essas tenham transporte e matrícula na rede municipal de ensino o mais breve possível.
“O Executivo expôs a preocupação devida ao número de militantes, que deve aumentar nos próximos dias, visto que pode prejudicar a qualidade dos serviços básicos por não possuir suporte para tanto. A coordenação do movimento afirmou que caso a Justiça determine que o grupo deixe o local, as famílias irão para outro município, podendo permanecer em Garuva até que seja decidido o destino a ser tomado”, conclui a nota divulgada pela Prefeitura.
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