Aproximação do verão aumenta preocupação com o mosquito Aedes aegypti
Não há nenhuma novidade em dizer que a infestação dos mosquitos, de uma forma geral, é mais intensa no verão. Isso vale também para o temido Aedes aegypti, que transmite dengue, zika vírus chikungunya. Nessa estação do ano que se aproxima, a elevação da temperatura e a intensificação da chuva propiciam a eclosão de ovos do mosquito. Nem por isso, os cuidados para evitar a proliferação do Aedes devem ser deixados de lado nas outras estações do ano. Muito pelo contrário, as ações preventivas de eliminação de focos do vetor devem ser permanentes.
Nessa quarta-feira, dia 09 de novembro, a Prefeitura de Itapoá emitiu um boletim atualizado sobre a situação das doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti e os focos do mosquito no Município. Confira:
Dengue
Casos notificados = 26
Casos confirmados = 3
Casos descartados = 23
Casos em investigação = 00
Zika vírus
Casos notificados = 04
Casos confirmados = 01
Casos descartados = 03
Casos em investigação = 00
Chikungunya
Casos notificados = 09
Casos confirmados = 00
Casos descartados = 09
Casos em investigação = 00
Focos do mosquito: 33 (32 foram encontrados em Itapema do Norte e um no balneário Palmeiras).
Sobre as medidas de prevenção e controle em Itapoá
Itapoá conta com um Programa de Controle da Dengue, que é vinculado ao Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde. Atualmente, compõem o programa, um coordenador, um supervisor de campo e três agentes de combate às endemias. Eles têm como objetivo:
– detectar focos do mosquito Aedes aeypti precocemente;
– eliminar potenciais criadouros desse mosquito;
– orientar o morador e a comunidade com ações educativas.
Visando a detecção precoce dos focos do mosquito Aedes, estão instaladas 221 armadilhas do modelo Larvitrampa no Município. Tais armadilhas são verificadas a cada sete dias para coleta de larvas e pesquisa do Aedes aegypti. A atividade é devidamente anotada e registrada em sistema de informação específico do Programa de Controle da Dengue. O material coletado nas armadilhas é enviado ao laboratório da 23ª Gerência Regional de Saúde, em Joinville, para análise. Esse laboratório registra os resultados no mesmo sistema de informação. Quando há um foco positivo para Aedes aegypti, o supervisor do Programa em Itapoá recebe um e-mail de comunicação, a partir do qual se inicia o trabalho de delimitação de foco, qual consiste na pesquisa larvária e tratamento focal nos imóveis localizados em um raio de 300 metros do foco detectado (conforme exemplo na segunda imagem abaixo).
Além das 221 armadilhas, existem os pontos estratégicos, que são imóveis com grande concentração de depósitos preferenciais para o mosquito, os quais possuem alto fluxo de pessoas ou cargas advindas de outros locais, como materiais de construção, borracharias, ferro-velho e armazéns de recicláveis, por exemplo. Itapoá conta, atualmente, com 41 pontos estratégicos, que são visitados e inspecionados a cada 14 dias.
“Neste ano de 2016, até o momento, foram registrados 33 focos positivos para o Aedes aegypti e, consequentemente, realizadas 33 atividades de delimitação de foco. Além disso, foi realizada, em maio, a atividade ‘Força Tarefa’, uma ação intensiva para eliminação do mosquito. Foram realizadas, também, atividades educativas em todas as escolas municipais, com teatros, palestras e concurso de folders”, explica a Vigilância Epidemiológica de Itapoá.
Em setembro, foi iniciado o “Reconhecimento Geográfico”, que é a atualização do número de imóveis do Município. Também, está implantado o Comitê Municipal de Mobilização e Prevenção no Controle à Dengue de Itapoá, qual foi nomeado em 2015 e tem como finalidade desenvolver campanhas de informação e de mobilidade de pessoas, de maneira a se criar maior responsabilização de cada família na manutenção de seu ambiente doméstico, livre de criadouros do vetor; integrar ações de controle da dengue na atenção básica, com mobilização das unidades de Saúde; e adotar mecanismos de divulgação (imprensa, mídia, etc.) durante todo o ano na prevenção e controle à dengue; entre outras. Participam desse Comitê, o secretário municipal de Saúde, a presidente do Conselho Municipal de Saúde, a coordenadora e a supervisora do Programa de Combate às Endemias, as unidades de Saúde, a Secretaria de Obras, a Vigilância Sanitária Municipal, a empresa de coleta de lixo, entre outros.
É extremamente necessário que a população ajude nesse processo. Por isso, pede-se “a atenção e colaboração dos moradores de todo o Município para não deixar água parada em pratos de plantas, baldes, cisternas, latas e brinquedos. Além de manter caixas d’água tampadas e piscinas tratadas”, conclui a Vigilância Sanitária de Itapoá.
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