VÍDEO: TI e IN entrevistam Prefeito e Vice eleitos para Itapoá gestão 2017-2020

Reprodução / vídeo.
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Há, exatamente, um mês, no dia 02 de outubro, Itapoá elegeu Marlon Neuber (PR) e Carlos Henrique (PSD), para os cargos de Prefeito e Vice da Cidade, respectivamente. Os dois estarão a frente da Administração Municipal na gestão 2017/2020. Poucos dias depois da eleição, a Tribuna de Itapoá em parceria com o Jornal Itapoá Notícias esteve conversando com eles e trouxe essa entrevista, que você acompanha agora, em vídeo ou texto.

Confira:

 

Quero ouvir de vocês: quem é Marlon Neuber e quem é Carlos Henrique?

Carlos Henrique – Carlos Henrique é um arquiteto, urbanista, pai de família, casado há 15 anos, vai fazer 16 anos esse ano, com dois filhos. Morador de Itapoá há 16 anos e uma pessoa que gosta muito desse lugar, muito mesmo, gosta muito de Itapoá.

Marlon Neuber – Marlon Neuber é um advogado há 14 anos. Trabalhou sempre aqui na Cidade; me criei aqui; casado há 12 anos; e que tem o objetivo de fazer uma mudança administrativa na Cidade, Thiago.

Como surgiu o desejo de cada um de vocês pela Prefeitura?

CH – Eu comecei a trabalhar na Prefeitura recém-formado. Eu acabei de me formar como Arquiteto e Urbanista e assumi a Secretaria de Planejamento e Urbanismo que tinha sido recém-criada. Trabalhei seis anos na Prefeitura e percebi que, mesmo tecnicamente podendo contribuir, as grandes mudanças e as grandes transformações nas cidades são políticas, e aí veio o interesse em me envolver com a política. O exemplo que sempre cito disso é o de Jaime Lerner em Curitiba (PR). Ele foi funcionário do IPPUC [Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba] por muitos anos, mas as grandes transformações que ele fez em Curitiba não foi como arquiteto e urbanista. Foi como Prefeito, foi na política. Isso que me motivou e continua me motivando a me envolver com a política.

MN – Comigo, a política, Thiago, veio muito cedo. A gente já passou isso em nosso plano de governo. Antes mesmo de me envolver com partido político, eu já tinha envolvimento com política, isso na adolescência, e a vontade de ser Prefeito surgiu já no processo político-partidário. Da adolescência, cheguei num partido político. Saí candidato a vereador aqui em Itapoá 20 anos atrás e fiquei como segundo suplente. A partir daí, projetando e trabalhando junto com a comunidade, acabou vindo a vontade de ser Prefeito, que já tem algum tempo, e tem que se construir todo um projeto até que se chegue no momento de sair candidato, o que ocorreu em 2012 e, agora, com a nossa vitória e a nossa aliança, né Carlos? Simples!

E a “União por Itapoá” [nome da coligação política], como surgiu?

CH – Olha, eu e o Marlon sempre fomos amigos. Então, essa união começa lá atrás, em nosso vínculo de amizade. Trabalhamos juntos. Eleição passada [2012], não conseguimos um entendimento em entrarmos juntos. Tentamos até, mas como nenhum dos dois tinha sido candidato não se tinha um parâmetro e os dois estávamos motivados. Enfim, saíram os dois candidatos e nem por isso deixamos de ser amigos. Continuamos amigos, éramos adversários políticos. E daí, acabou a eleição passada, o Marlon continuou o trabalho dele e eu continuei o meu trabalho com os nossos respectivos grupos. Um dia, resolvemos conversar no sentido de criar uma condição política pra que a gente tivesse musculatura política e autonomia para nomeação de cargos e, realmente, ter força política para executar uma transformação grande. Isso envolve os vereadores, tanto que nós jutos elegemos seis vereadores, né? Então, assim, a ideia era criar estrutura política para fazer uma grande transformação e aí a questão de quem era Prefeito, de quem era vice-prefeito, como nossa linha ideológica, linha de raciocínio, visão de futuro para Itapoá era muito parecida, a gente conseguiu alinhavar isso bem tranquilamente.

MN – Basicamente, o Carlos fez o resumo do que é a história da União por Itapoá. Eu quero complementar que há um trabalho aqui de fazermos uma gestão compartilhada, aproveitando o conhecimento técnico meu e do Carlos. Nós dividimos, lá no início desta União, a coordenação dos trabalhos. Não que a gente vai estar separado, ao contrário, a gente vai estar unido, mas o Carlos é arquiteto urbanista e eu sou advogado tributarista. Então, o que acontece? Ele coordena a Secretaria de Obras, Planejamento, Meio Ambiente; eu coordeno a Secretaria de Administração, Educação, Saúde e enfim, as secretarias da área administrativa, pra que a gente divida a carga e, ao mesmo tempo, some os esforços individuais para prestar o melhor trabalho possível para a nossa cidade, Thiago.

O resultado das Eleições atendeu as expectativas de vocês?

CH – Olha, eu acredito que atendeu. Foi dentro do que a gente estava imaginando. É lógico que não existe eleição ganha e não existe eleição perdida, né? Mas, assim, sem hipocrisia, o que, de fato, a gente planejou, a gente conseguiu executar. Graças a Deus, com muito trabalho e com o apoio que a comunidade nos deu, a gente conseguiu atingir as nossas metas e somos gratos a isso. Aceitamos isso com muita responsabilidade. Esperamos dar o retorno que a população nos deu nas urnas, com muito trabalho.

MN – A eleição é sempre uma caixa de surpresa, né? Toda eleição. O Carlos e eu, já desde o começo, nós decidimos de comum acordo, nem sei quem teve a ideia e quem não teve, nessa altura do campeonato já se mescla muitas ideias aí, mas nós decidimos comumente de que nós não subiríamos em salto alto de jeito nenhum. Então, nós trabalhamos com todo o esforço possível, sem priorizar números, para não relaxar o trabalho, ficamos antenados nos ataques que tivemos para poder dar a resposta a altura desses ataques, mas fomos de casa em casa, conversamos com a maioria dos moradores de Itapoá. Obviamente, que uma campanha reduzida pela metade, que é só 45 dias, Thiago, e considerando que Itapoá cresceu muito o número de eleitores, e a expansão territorial, Itapoá, o perímetro urbano de Itapoá, hoje, está quase todo povoado, não totalmente povoado, mas bem espalhada a população. Então, passar por todas as casas exige muito esforço dos candidatos, e a gente se empenhou bastante, né Carlos? Para cobrir o máximo possível, e eu acredito que nós tenhamos passado em mais de 80% das casas do Município, das casas de moradores. Há muitas casas que a gente passa e o pessoal está trabalhando, não tem como retornar, mas foi feito um bom trabalho, trabalhamos muito, e o resultado, Thiago, em si, de 3 mil votos a mais, me surpreendeu bastante. Foi uma baita margem de diferença. Isso, temos que considerar, que estávamos lutando contra a máquina administrativa e tudo mais, e tivemos uma margem que, para você ter uma ideia, na região Norte e Nordeste, na região de Joinville, de todos os municípios, Itapoá, até o momento, porque Joinville ainda está em processo de segundo turno, Itapoá [estava em 13 de outubro de 2016, quando foi realizada esta entrevista], até o momento, é o município que teve a maior diferença entre o candidato eleito e o segundo lugar. Então, foi realmente surpreendente. Surpreendeu todos os prefeitos da região. Nós tivemos, inclusive, uma reunião ontem e em São Francisco do Sul, o prefeito que se elegeu, por exemplo, uma cidade com mais eleitores, teve 133 votos de diferença. Nós tivemos 3 mil. Então, é uma margem enorme. Eu fiquei surpreso realmente e, como diz o Carlos, eu quero frisar muito bem, e muito grato pela confiança que os eleitores depositaram na gente. Vamos trabalhar muito para merecer essa confiança.

A transição de governo na Prefeitura, vocês já começaram? Como está?

MN – Thiago: o processo de transição, legitimamente, ele se inicia depois da diplomação. Entretanto, nós precisamos construir a equipe que vai assumir a Prefeitura, pelo menos, o secretariado, para que a gente possa direcionar a cada secretário a transição de sua secretaria, que nós ainda não temos isso constituído. Nós estamos num processo, neste momento [13 de outubro de 2016], da conclusão das prestações de conta de campanha, tanto nossa, quanto dos candidatos a vereadores, né? E, a partir daí, a gente começa a trabalhar na divulgação dos nomes, que está previsto para o mês de novembro, mas o processo de transição, ele não é tão complicado. Óbvio que exige muita responsabilidade, mas nós já temos um norte, um rumo do que vai ser feito na transição, as informações mínimas necessárias. A gente sabe que a administração, folha de pagamento, impacto orçamentário, isso precisa estar muito palpável na hora da transição, assim como a Saúde, porque nós pegamos, a nova Administração se inicia em plena temporada de verão, com o pronto atendimento atendendo muitos usuários da Saúde e isso exige bastante responsabilidade de todos nós e da equipe técnica que vai estar na frente da Saúde, mas são coisas que ainda não estão ajustadas, vão ser construídas ao longo dos próximos 15 ou 20 dias [entrevista concedida em 13 de outubro de 2016], e aí a gente divulga para a população, sentamos com a atual administração para poder ajustar uma equipe de transição e começarmos a articular esse processo de transição.

CH – Só complementando que, reafirmando o que a gente sempre falou na campanha, que nós não temos o nosso secretariado definido, porque não prometemos cargo para ninguém durante a campanha. Então, a gente assumiu um compromisso, eu e o Marlon, de só pensar em secretariado se eleitos formos, né? Fomos eleitos e, agora sim, estamos entrando na etapa de pensar em nome de equipe, secretariado e tal, para dar continuidade nessa transição. Diferente do que foi divulgado aí em muitos meios da imprensa, que inclusive já tinham formado a nossa equipe por nós, né?

Como será o critério na escolha desses secretários?

MN – Thiago: não existe um critério único. Estamos falando de uma equipe multidisciplinar. Preciso de gente que entenda de Saúde, Obras, Planejamento, Educação, é uma equipe que exige muitos conhecimentos e a gente precisa pesar muito bom a situação de conhecimento de causa, de formação ou de prática e experiência com a questão política também. Por quê? Há determinadas secretarias que precisam trabalhar o tempo inteiro para conseguir recursos estaduais, recursos federais, subversões sociais, para que ela tenha um caminhar, ela execute as suas ações de governo com maior eficiência, abrangendo a maior parte da população. No caso, por exemplo, da Saúde e da Educação, a gente precisa parar para construir, o objetivo é construir com base na meritocracia, mas lembrando bem o que a gente já observou lá na entrevista com a coletiva de imprensa, quando a gente anunciou a nossa União – tu estavas presente – lembrando bem que é óbvio, é lógico que seja do nosso grupo político que saiam essas pessoas, porque há uma relação de confiança que precisa existir. Eu preciso confiar no secretário, o Carlos precisa confiar no secretário, que vai estar na frente de uma secretaria, vai estar falando em nosso nome junto com o usuário daquele serviço público, que vai estar ajudando a gerenciar o fundo de determinadas secretarias que têm fundos próprios e isso tudo exige muita responsabilidade na hora de construir essa equipe. Se for traduzir isso tudo em uma palavra, é meritocracia, mas não é tão simples assim de resumir isso em uma palavra.

CH – É, Thiago, e eu acho que o mais importante nessa situação é que, como a gente não tem nenhuma promessa de cargo, o Marlon e eu temos a liberdade de indicar secretários, como se a pessoa não der conta do recado, nós temos a liberdade de convidar a pessoa e falar “olha, infelizmente, tu não se adaptou ao trabalho e tal” e buscar outros nomes. Isso que é importante. E, assim, nós também queremos colocar, na gestão, ferramentas para tu medir as coisas, né? Esse secretário é bom ou é ruim? Como é que tu avalia isso? Com base em metas. Ele tá executando as metas? Tá cumprindo o que foi passado? E quais são as nossas metas? É o nosso plano de governo. A nossa meta de quatro anos é executar o plano de governo e cada secretário vai ter bem claro quais são as suas metas e nós vamos ter que desenvolver ferramentas da gente conseguir medir o trabalho de cada secretário, de cada secretaria, de cada equipe, para que a gente tenha informações palpáveis para falar “não, esse cara tá dando conta do recado”, porque, na verdade, quem é o nosso chefe maior? É a população. Então, eles é que têm que ser atendidos. Nós não vamos resolver todos os problemas de Itapoá em quatro anos. A gente falou muito isso, né Marlon? Na campanha. Mas o nosso compromisso é o que tá lá no plano de governo, porque isso não foi uma prioridade elencada por mim ou pelo Marlon, isso foi uma prioridade elencada pela população e esse tem que ser o compromisso nosso e dos nossos secretários, assessores, diretores, todos os funcionários públicos.

Ao assumirem a Prefeitura no início do ano, quais vocês acreditam serem os principais desafios que vão enfrentar?

MN – Thiago: primeiro, é um levantamento de toda a situação orçamentária do Município. O que acontece? Eu preciso saber, exatamente, qual é a necessidade da Secretaria de Saúde, por exemplo, e o quanto do orçamento demanda a Secretaria de Saúde, porque é uma secretaria prioritária, assim como é a Educação. A partir daí, eu preciso programar os investimentos, que são um pouco mais secundários. Lembrando que essas prioridades, a gente está considerando aquilo que o Carlos falou, a prioridade eleita pela comunidade nas nossas reuniões partidárias que fizemos para construir o nosso plano de governo. Então, o que acontece? O grande desafio, agora, é levantar, com a maior celeridade possível, a situação orçamentária do ano de 2017. Nós passamos por um momento, do ano de 2016, de duas greves dos servidores municipais. Houveram pareceres contábeis que foram dados para construir leis municipais. Depois, esses pareceres contábeis, eles não puderam ser aplicados. Teve legislação, inclusive, que não pode ser cumprida e tudo isso a gente precisa tomar pé do que está acontecendo. Exatamente, porque houveram esses fatores em 2016 para que nada disso se repita em 2017, 2018 e, enfim, até 2020. A grande dificuldade, o grande desafio para o início da gestão é, exatamente, esse levantamento orçamentário, esse conhecimento prévio e o planejamento para os próximos quatro anos em cima disso.

CH – É! Complementando isso que o Marlon falou, resumidamente, o primeiro ano, o desafio é arrumar a casa, deixar a casa em ordem, né? E conseguir superar todas as etapas de planejamento, projetos e a parte de documentação, licenciamento, enfim toda a parte da papelada no primeiro ano, para que o segundo, o terceiro e o quarto ano possam ser anos, não mais de planejamento, não mais de burocracia, mas anos de execução.

Quais as necessidades mais urgentes que vocês percebem, como desafios, que terão que enfrentar agora?

MN – Na segurança pública, nós já começamos ontem [dia 12 de outubro] em pleno feriado de 12 de outubro, Thiago, nós já começamos a trabalhar para montar uma frente com os municípios portuários. Então, conversamos com o prefeito eleito de São Francisco do Sul, Renato Lobo, para que os cinco municípios portuários de Santa Catarina possam estar integrados, somando forças políticas para conseguir exigir do Governo do Estado, uma política diferenciada com relação à segurança pública. Isso vai nos dar força e também vai nos priorizar a nível estadual, para que a gente receba maior número de contingente da Polícia Militar, maior de policiais investigadores e enfim, dentro da Polícia Civil, e até na estrutura predial e de veículos da mesma forma. Na questão, ainda, da segurança pública, uma coisa que nós podemos providenciar bem de imediato, que é necessário, é a questão dos terrenos, né Carlos? Por conta de que o Município dispõe. Inclusive, isso está sendo tratado há quatro anos pelo Município e nós precisamos agilizar, porque depois que o Município doar para o Estado estes terrenos, o Estado ainda precisa se preparar para a construção da sede [da Polícia Militar]. Isso vai demandar um pouco de tempo. Então, quanto mais a gente atrasa, mais vai demorar para a gente realmente ter a inauguração da sede pelo Estado de Santa Catarina. Então, nós vamos articular com a maior rapidez possível com a Câmara de Vereadores, Conseg, para que a gente possa agilizar isso e conseguir, realmente, fazer essa doação, concluir essa etapa o mais breve possível.

CH – Na questão da Educação, a gente visitou algumas escolas no decorrer da campanha, que a gente viu situações precárias de manutenção das escolas, né? Que são goteiras, rebocos que descolaram da laje por infiltração, os ar condicionados, tem muitas salas de aula que já não têm mais o aparelho, então são situações que a gente tem que… o que que é urgente na Educação pra nós? É restabelecer as condições das salas existentes. Na sequência, a gente sabe que a gente está numa corrida para o número de vagas, tanto de sala de aula, quanto de creche e aí, a gente já tem que, de imediato, iniciar os projetos, iniciar a parte de planejamento para se levantar os recursos e começar essa corrida, porque, na verdade, é uma corrida que a Prefeitura tem que ter pra dar conta do número de aumento da demanda para vagas nas escolas e nas creches.

MN – Na questão da Saúde, nós temos equipamentos, Thiago, que são equipamentos de urgência e emergência, como é o caso de desfibrilador, a bomba infusora, uma série de equipamentos… Inclusive, a gente teve o depoimento de profissionais da Saúde de que está faltando até os aparelhos de medir pressão, os estetoscópios, coisas básicas. Então, vai precisar ser feito uma avaliação desses equipamentos que estão faltando, porque a gente tem alguns exemplos, mas pode ter mais, e estruturar a situação do PA, que é onde todos nós nos dirigimos numa situação de emergência e urgência e essa unidade de saúde, que é única, precisa estar funcionando bem. Então, é a primeira ação, é a primeira iniciativa para que, realmente, a gente possa atender a população e não deixar ninguém a mercê de risco de morte na Saúde do Município.

Ao que parece, vocês terão o apoio da maioria dos vereadores na Câmara. De que forma vocês avaliam isso?

MN – Thiago: ter a maioria na Câmara é essencial. A gente chama isso de governabilidade. Para que o Poder Executivo e Legislativo tenham harmonia, isso é um preceito que está esculpido até na Constituição Federal, a governabilidade é necessária e, para se ter governabilidade, a gente precisa do apoio de, no mínimo, a maioria dos vereadores. Temos seis vereadores eleitos pelas nossas coligações e confiamos nos seis vereadores. Temos convicção, já tivemos reunião, aqui, inclusive, com todos os seis, tenho convicção de que estarão junto com a gente, somando esforços a favor da nossa população para que a gente possa aprovar os projetos de lei necessários ao andamento das ações de governo que virão, mas eu quero deixar bem claro que a gente vai manter uma linha de respeito e de diálogo com os nove vereadores. Nós respeitamos os vereadores, porque são representantes do povo, enquanto nós estaremos lá na Prefeitura, cuidando do dia a dia do Poder Público, empenho, pedidos de verbas pro Estado, pra União, acompanhando as atividades da SDR [agora, chamada ADR], acompanhando as escolas, as unidades de saúde, as obras, o planejamento e enfim, todas as ações do Município, enquanto a nossa função é estar acompanhando o dia a dia disso tudo, fiscalizando e cuidando da equipe, o vereador, ele tá junto à comunidade, tá sentindo o problema que a comunidade tá enfrentando naquele momento. Então, nós pensamos que o respeito e o diálogo têm que haver. Nós estamos entrando dentro da Prefeitura comprometidos, até pela experiência que a gente tem de Câmara de Vereador, comprometidos em manter o diálogo bem aberto com os nossos vereadores eleitos aqui no município de Itapoá.

CH – E, Thiago, nessa reunião que o Marlon citou, que tivemos com os seis vereadores da nossa base aliada, a gente até lançou uma ideia. Durante a campanha, a gente sempre usou a questão de pedir para que a população adotasse um dos nossos candidatos a vereador, né? E a gente lançou uma sugestão para que cada vereador eleito, que olhasse o nosso plano de governo, e adotasse algumas das ações do plano de governo pra nos ajudar, nos auxiliar na execução disso, nos fiscalizar na execução disso, né? E estar participando desse plano de governo tanto o Poder Legislativo, quanto o Poder Executivo, para que juntos a gente consiga executar isso da melhor forma possível.

O que podemos esperar de Itapoá daqui a quatro anos?

MN – Thiago: nosso objetivo para daqui a quatro anos, no momento da posse do Prefeito, que vai acontecer em 2021, do Prefeito que será eleito na sequência desta gestão, deixar um Município em que a população tenha acesso ao desenvolvimento econômico, tenha participação no desenvolvimento econômico da Cidade, ou seja, que a Prefeitura cuide do desenvolvimento econômico e social do Município. Então, isso nós estamos falando de um conjunto de ações integradas, isso depende de a Secretaria de Obras trabalhar de forma igualitária para toda a população e não conforme o gosto do secretário de Obras ou da equipe. Precisa de uma Secretaria de Saúde que trabalhe de forma igualitária, para toda a população, da mesma forma a Educação, da mesma forma a Administração, enfim, precisa haver um tratamento isonômico para a população de Itapoá. Ao mesmo tempo, temos aqui um desenvolvimento econômico bastante promissor dentro do Município, mas – e eu vou usar as palavras do Carlos – que não significa evolução. Nós precisamos cuidar para que esse crescimento esteja realmente voltado para que a população cresça junto, que haja, por exemplo, um mapeamento das vagas de emprego que estão sendo geradas no Município e que a nossa população esteja sendo qualificada. Nós deixamos muito claro no plano de governo que isso não significa a Prefeitura arcar com toda a qualificação, mas precisa identificar, a população precisa ter acesso, que daqui a três anos determinada empresa vai ser inaugurada, quais são as vagas de emprego que aquela empresa vai inaugurar, para que a população possa se preparar e também a Prefeitura, obviamente, precisa adotar ações para auxiliar nesse preparo, para que a gente consiga inserir as pessoas no mercado de trabalho, consigamos ter a nossa população participando de alguma forma desse desenvolvimento econômico do Município. Para isso, a gente precisa estar com todas as secretarias integradas. Isso é um trabalho conjunto. Eu posso estar empregado, mas eu preciso também ter uma saúde boa. Eu posso ter uma saúde boa, mas eu preciso também de uma educação boa para os meus filhos e esse desenvolvimento econômico e social resume o trabalho de uma equipe inteira trabalhando para que o Município funcione bem.

CH – Complementando o que o Marlon já falou, a palavra evolução, realmente, é bem diferente de crescimento. Uma cidade crescer não significa que ela vai evoluir e eu falo isso para várias pessoas que Itapoá vai crescer de qualquer forma. Agora, não significa que a cidade vai ser melhor. Então, o que a gente espera daqui a quatro anos é que Itapoá seja uma cidade, primeiro, unida em prol da Cidade. Isso, eu estou falando de todos os segmentos, né? Que a Prefeitura possa trabalhar em conjunto com a comunidade de uma forma visando atender aos interesses coletivos ao invés de atender interesses individuais, para que a gente possa trabalhar para as massas, para um grande número de pessoas, para os segmentos, tanto população, como órgão público, e como a iniciativa privada – a gente precisa trazer investimentos, trazer emprego, trazer renda para a nossa cidade – aconteça de uma forma harmônica, né? Não colocando Itapoá como cidade de uma única vocação. Itapoá tem várias vocações. Ela tem o Porto, ela tem o Turismo, ela tem a parte da agricultura, da pesca, da construção civil. Então, a gente quer que a cidade evolua em todos esses segmentos e que um dê suporte para o outro, para que no final disso tudo se gere uma palavra que todo mundo quer, que se chama qualidade de vida.

Para encerrar, qual a mensagem que vocês deixam para a comunidade itapoaense?

CH – Olha, inicialmente, quero agradecer a confiança depositada na gente. Agradecer a todas as pessoas que nos receberam. Agradecer os almoços que participamos, que por sinal até achávamos que íamos emagrecer nessa campanha, mas acabamos, acho, que engordando e deixar uma mensagem assim ó: nós queremos estar trabalhando junto com vocês, contem conosco. Nós vamos estar aí suando a camisa para que a gente possa, em quatro anos, aí sim, comemorar e falar: olha gente, o que a gente se propôs a fazer junto com vocês, a gente fez, está aqui, está entregue. Quebrar esse ciclo político de muitas promessas e pouca ação. Entregar, daqui quatro anos, uma cidade com muita ação e com poucas promessas. É isso!

MN – Thiago: eu também quero agradecer muito. Primeiro, a oportunidade da imprensa, que vocês estão nos dando, que a imprensa está nos dando, de poder expor as nossas ideias e chegar nos eleitores, chegar na população do nosso município. Eu quero agradecer a todos os nossos eleitores pela confiança depositada. Tenham convicção de que vamos trabalhar muito para que a gente possa retribuir toda essa confiança. Eu também quero renovar uma coisa que eu falei lá no nosso plano de governo, que é um sonho que eu tenho de ver uma Itapoá feita para todos, um sonho que eu tenho de ver uma Itapoá onde os serviços públicos são disponibilizados para os cidadãos como um direito e não como um favor que o cidadão é obrigado a ir lá mendigar e conseguir aquele favor devendo depois o voto, devendo depois um retorno político, para quem está na Prefeitura. Nós vamos construir uma Prefeitura, vamos construir uma cidade que respeite o direito dos cidadãos e que faça uma cidade realmente para todas as pessoas por direito, por legitimidade, por legalidade. E a mensagem final é de gratidão a todos os moradores do Município, inclusive os que pensaram diferente nesse processo eleitoral, mas que nos respeitaram. Pela nossa parte, nós vamos estar respeitando todas as pessoas e trabalhando sempre em prol de união pela nossa cidade, e não em prol de isenção, de secção, de partidarismo fora das eleições. Vamos estar trabalhando para que o nosso povo se una e que os objetivos sejam sempre coletivos em prol do nosso povo de Itapoá, em prol da nossa cidade. Gente, muito obrigado pelo carinho e pela confiança depositada nas urnas e um grande abraço a todos vocês.

CH – Um abraço.

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Thiagão

Jornalista pela PUC/PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná) com pós-graduação em Marketing Empresarial pela UFPR (Universidade Federal do Paraná), Thiago Gusso já trabalhou em importantes projetos de comunicação de Curitiba (PR) e Itapoá. Atualmente, responde pela Direção do site Tribuna de Itapoá e do jornal impresso Itapoá Notícias, nos quais segue também em sua atuação como jornalista. E-mail: thiago@itapoanoticias.com

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