Atuais e ex-coristas do Coral Vozes da Babitonga celebram os cinco anos de atividades do Projeto
O Coral Vozes da Babitonga surgiu em julho de 2015, fruto de três fatores: a vontade da Escola de Música Tocando em Frente de ampliar o interesse pela música através do canto coral em Itapoá; a vontade e disponibilidade do Porto Itapoá em utilizar o benefício fiscal da Lei de Incentivo Federal à Cultura na cidade; e o contato e conhecimento do trabalho realizado pelo maestro Rafael Daniel Huch na cidade de Joinville, que aceitou participar desse projeto de criação de um coral em Itapoá. “Tendo esses três fatores, o restante da história foi muito trabalho para aprovar, ano após ano, os projetos que o mantém; conseguir a renovação do patrocínio; e manter o grupo unido, cantando com a melhor qualidade possível, para cultivar este sonho vivo e presente em Itapoá”, explica o gestor cultural Helmuth Kirinus (o professor Mutti), idealizador da proposta.
Para comemorar os cinco anos de atuação do Coral, estava sendo planejada uma celebração especial, presencialmente e com um belo concerto, que contaria com a participação de atuais e ex-coristas. A pandemia impediu que isso fosse possível e, diante desse impedimento, surgiu a ideia da gravação audiovisual de uma música em canto coral e, da mesma forma, com a participação de atuais e ex-integrantes. “O vídeo surgiu da necessidade do isolamento e também do desejo de comemorar os cinco anos de existência do Coral, que acreditamos ter sido uma iniciativa que deu um grande passo para a cultura de Itapoá”, considera Mutti. Nesse material audiovisual (disponível abaixo), o grupo canta “Caçador de Mim” de Milton Nascimento. As vozes que compõe o material são a maioria de Itapoá, mas também há vozes gravadas de diversas cidades de Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
Integrante do Projeto desde o seu início, a advogada Rosemeire Fabrin Braga, de 55 anos, comenta a importância do Coral Vozes da Babitonga em sua vida nestes cinco anos. “É uma coisa tão interna. Eu sempre fui uma pessoa ligada em música, acho que desde que eu nasci. Eu gosto de cantar e estar no Coral é muito importante para mim, tanto que quando, em situações normais, que não é o caso de hoje em dia por conta da pandemia, imaginar uma sexta-feira à noite sem ir ao Coral é como se não fosse um dia normal. Faz parte da minha vida e eu acho que o Coral faz parte do que eu sou”, considera.
A ex-corista e técnica contábil Cristiane de Jesus Pereira, de 45 anos, também credita grande importância ao Coral Vozes da Babitonga. “A música está muito presente em minha vida. É o que embala meu dia a dia. Por isso, fazer parte desse projeto foi tão importante pra mim”, conta ela. Cristiane também fez parte do Coral Vozes da Babitonga em seu início, no ano de 2015, mas precisou deixar o Projeto em 2016, quando se mudou da Cidade.
Outra ex-corista que participou do início do Projeto é Suzan Yasmin Souza Batista, de 19 anos, atualmente estagiária da área de Logística. “Tive o privilégio de fazer parte das primeiras apresentações. O coral me proporcionou muitos momentos intensos, bem como as amizades, e acima disto, trouxe maior conhecimento, contribuindo muito para a minha formação musical, auxiliando no aprendizado da leitura musical, respiração e afinação. Além de adquirir experiências musicais, o coral atua como uma forma de distração e terapia diante das atividades rotineiras. Gostaria de agradecer aos responsáveis deste projeto, que tive a felicidade de fazer parte”, comenta Suzan, que hoje mora em Joinville.
Para o maestro Rafael Daniel Huch, projetos como o do Coral Vozes da Babitonga, de formação musical continuada, são muito importantes. “Você pode tirar como um parâmetro a própria cidade, nestes cinco anos, você pode observar o olhar cultural que a Cidade teve. E eu digo que esse olhar, grande parte dele, se deu em razão desse trabalho do Coral Vozes da Babitonga, porque nós ali começamos um processo de formação musical, mas muito mais que isso, começamos um processo de educação cultural, formação de plateia. Isso influenciou em uma série de frentes culturais na Cidade”, considera.
A psicóloga e professora universitária Eliane Fátima Bordin, de 59 anos, foi corista no ano de 2019. “No meu caso – em que em ambas as minhas profissões, eu me doo muito, doo-me o tempo todo, sou vista apenas como fonte de apoio e conhecimento – o Coral era um momento mágico durante a semana, que eu reservava para mim, para as minhas necessidades”, explica.
MENSAGENS
Corista Rosemeire Fabrin Braga:
“A gente tem muito a agradecer a todo mundo que nos prestigia e dizer que o coral para quem tiver a pretensão, a oportunidade ou pelo menos passar pela cabeça: ‘ah, eu poderia cantar’. Vá e tente. Cantar é muito bom. Participar do Coral Vozes da Babitonga é quase uma realização. Então, não perca a oportunidade. É muito bom e será muitíssimo bem recebido. Vai aprender tudo o que é possível em matéria de canto”
Ex-corista Cristiane de Jesus Pereira:
“A mensagem que eu gostaria de deixar é no sentido de gratidão. Quando estamos cantando, somos parte daquela letra, daquela emoção única, que também emociona a quem ouve e faz o espetáculo se completar. Por isso, cinco anos é comemorado com alegria e gratidão por quem fez parte da conquista, mas principalmente, por quem pode continuar nessa bela missão de emocionar”.
Ex-corista Suzan Yasmin Souza Batista:
“Espero que se expanda ainda mais e alcance muitas pessoas para compartilharem dessa história!”
Ex-corista Eliane Fátima Bordin:
“Amo cantar e foi uma terapia para mim. Os benefícios do canto para o físico são uma melhora nos níveis respiratórios, principalmente num momento em que nossa sociedade sofre de tanta ansiedade. A respiração profunda é um recurso para lidar com as dificuldades emocionais. Vivemos num momento histórico, de muito individualismo e isolamento em nós mesmos, e o convívio com o grupo, com um objetivo comum, é um alento para muitos. A sensação de pertencimento é extremamente prazerosa e uma busca íntima de todos nós, consciente ou inconscientemente”.
Professor Mutti (Helmuth Kirinus), gestor cultural:
“Mesmo que a rotina de trabalho, a mudança de cidade ou algum outro motivo não permita que os ex-coristas estejam participando dos ensaios e se apresentando com o Coral atualmente, eles fazem parte da história do Vozes da Babitonga, que foi o primeiro grande coro de Itapoá. Todos são muito importantes para nós. As portas do Coral Vozes da Babitonga estão sempre abertas para quem quiser cantar ou assistir as apresentações musicais do projeto. O Vozes da Babitonga é o coral de Itapoá e foi criado justamente para isso, para que qualquer cidadão possa realizar a entrevista e participar dos ensaios”.
Maestro Rafael Daniel Huch:
Primeiramente, parabéns. Parabéns Coral Vozes da Babitonga. Parabéns, Escola de Música Tocando em Frente. À liderança do Mutti e da Nena [Luci Kirinus, que integra e faz parte da gestão do Coral]. Parabéns ao Porto Itapoá, grande parceiro da Cultura nesta cidade e parabéns a Itapoá, porque cinco anos é uma caminhada já, não é verdade? Quantas boas lembranças nós temos já destes cinco anos? Eu tenho muitas. Quantos bons momentos, nós temos guardados deste período? Quantas apresentações tivemos, quantos ensaios de horas e horas, quantas confraternizações, encerramentos, churrascos, jantares… Olha, eu posso dizer que me sinto muito feliz de realizar esse trabalho com vocês”.
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