Isolamento social reduziu a taxa de contágio segundo cenários do modelo epidemiológico
As medidas de restrição do convívio social tiveram um efeito positivo e provocaram uma redução da taxa de contágio pelo novo coronavírus no território catarinense. Segundo dados do modelo epidemiológico utilizado pelo Governo do Estado, que tem como base a ferramenta do Imperial College, de Londres, o isolamento social proporcionou uma queda de aproximadamente 50% da taxa de contágio (RT).
A taxa média de transmissibilidade (RT), que representa o número médio de infecções por caso infectado, na sua estimativa pontual variou de 3,10 a 1,56, correspondendo a uma diminuição de 50%, após as intervenções adotadas pelo Estado. Com a flexibilização parcial das medidas de isolamento, no dia 13 de abril, a RT variou para 1,73, um nível que ainda requer muita atenção e respeito de todos às regras de isolamento social e funcionamento das atividades liberadas.
O modelo permitiu também estimar diferentes cenários para as próximas semanas que serão acompanhados pelo grupo.
De acordo com o governador Carlos Moisés, o resultado é fruto do esforço de todos os catarinenses, que, em sua maioria, têm respeitado as medidas de segurança. “Nós poderíamos ter resultados bem piores, mas conseguimos reduzir inicialmente a taxa de transmissibilidade em cerca de 50%. Esse modelo epidemiológico nos permite monitorar o impacto das nossas ações, sempre duas semanas após as mesmas, e nos proporciona vários cenários com base em inteligência de dados, para a tomada de medidas futuras, para determinar, por exemplo, se é preciso flexibilizar algum setor ou voltar com as restrições mais duras”, diz Carlos Moisés.
O secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, agradeceu aos parceiros do Núcleo Intersetorial de Inteligência de Dados do Governo do Estado, notadamente o Social Good Brasil e a Data Science Brigade, diretamente envolvidos na adaptação do modelo epidemiológico à realidade catarinense de forma gratuita e voluntária. De acordo com o secretário, a ferramenta deve permitir, em breve, a regionalização das ações, com base nos dados que a Secretaria da Saúde está aprimorando dia a dia.
Zeferino salienta ainda que modelo epidemiológico leva em conta o resultado das ações das semanas anteriores, ajudando a projetar uma situação futura, com o número de infectados e o impacto na rede hospitalar. “O que nós queremos é que essa taxa de transmissibilidade se mantenha ou caia. Possuímos uma ferramenta modulada para a realidade catarinense que vem melhorando dia a dia e que nos ajudará na tomada das decisões”, destaca Zeferino.
O secretário de Estado da Administração, Jorge Eduardo Tasca, que coordena o Núcleo Intersetorial de Inteligência de Dados, lembra que o modelo epidemiológico em uso em Santa Catarina há 11 dias foi adaptado à realidade do estado por uma equipe composta por médicos epidemiologistas e infectologistas, e cientistas de dados. “Trata-se de um suporte essencial. O modelo apresenta cenários futuros possíveis e nos aponta em que direção estamos seguindo, orientando assim as estratégias de intervenção”, aponta Tasca.
Da Assessoria de Comunicação da Secom (Secretaria de Estado da Comunicação) do Governo de Santa Catarina, com adaptação da Tribuna de Itapoá. FOTO: Julio Cavalheiro / Secom.
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