Audiência pública do Terminal Gás Sul será dia 03 de setembro em São Francisco do Sul

Terminal Gás Sul (TGS), planejado pela Golar Power, uma das maiores empresas do setor no mundo, pretende aumentar segurança energética da região Sul com capacidade de distribuir 15 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia

A Golar, empresa dedicada ao desenvolvimento de projetos de terminais de regaseificação de GNL e geração de energia, está licenciando a instalação de uma unidade flutuante de regaseificação de gás natural no município de São Francisco do Sul, em Santa Catarina. Conhecida como FSRU (Floating Storage and Regasification Unit – em português, Unidade de Armazenamento e Regaseificação Flutuante), ela terá capacidade de fornecer 15 milhões de metros cúbicos do combustível por dia para fomentar o desenvolvimento de indústrias locais, como a de cerâmica, de metal-mecânica e de vidro, além de suprir a demanda de termelétricas nas regiões próximas ao empreendimento. A solução é ambientalmente sustentável e aumentará a segurança energética do Sul do País após o término de parte dos contratos do gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol), em 2019. A audiência pública foi agendada pelo IMA (Instituto do Meio Ambiente, antigo Fatma – Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina) para a acontecer no dia 03 de setembro, às 19h, no centro histórico de São Francisco do Sul.

A unidade, batizada de Terminal Gás Sul (TGS), deverá ser instalada na Baía de Babitonga, na região do Sumidouro, a 300 metros da costa, e não envolverá qualquer construção em terra, garantindo a máxima preservação das belezas naturais locais. O processo de licenciamento está sendo analisado pelo IMA, para que a FSRU possa ser ancorada na localidade e conectada a um gasoduto que levará o combustível até o ponto de conexão com o GASBOL, a cerca de 35 km do local. O gasoduto deverá utilizar a mesma faixa de servidão do atual oleoduto OSPAR, não exigindo novas áreas de supressão vegetal ou desapropriação.

A unidade de regaseificação (embarcação) será transferida para Santa Catarina a partir das várias unidades que hoje compõem a frota da Golar no mundo. Ela será abastecida por navios metaneiros, numa média de duas a três vezes por mês. O empreendimento será o 5º do mesmo tipo realizado pela Golar, que atualmente tem operações semelhantes na Croácia, Camarões e Jamaica. A empresa é pioneira na integração entre a unidade de regaseificação e sua conexão com sistemas de geração de energia elétrica. É o caso do projeto da CELSE em Sergipe, em que a Golar Power tem 50% de participação, tendo capacidade de oferecer soluções completas e mais eficientes na cadeia logística do gás natural.

Cadeia de empregos diretos e indiretos – O empreendimento vai gerar 22 empregos diretos para a operação da embarcação (FSRU), além de gerar renda para mais de 400 pessoas, no atendimento dos serviços indiretos de operação e manutenção do terminal. Além disso, a previsão é que o TGS ajude a movimentar a cadeia produtiva da indústria do gás natural em todo o estado, que hoje emprega milhares de pessoas.

Segurança e Sustentabilidade

A operação em embarcações tipo FSRU é globalmente considerada uma das mais seguras para o meio-ambiente e para as pessoas no entorno da atividade. O terminal não gera ruídos e não afeta a biodiversidade na região.  Atividades de pesca, surf e outros esportes náuticos não sofrem quaisquer impactos, tornando sua operação altamente sustentável em todos os níveis.

“Todo o detalhamento do projeto foi descrito no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e no relatório de impacto de meio-ambiente (RIMA), mas o que podemos adiantar é que a política global da Golar é de extrapolar as normas internacionais de Segurança, Saúde e de Sustentabilidade, tanto na fase de licenciamento prévio e instalação como durante a própria operação”, afirma Edson Real, diretor da Golar Power no Brasil.

Legado e benefícios

Seguindo uma vocação natural da empresa globalmente, o empreendimento trará uma série de impactos positivos para a população local da cidade de São Francisco do Sul. Um deles é que, com a instalação do projeto, o mangue do entorno e a biodiversidade ficarão preservados. Além disso, a empresa prevê o desenvolvimento de projetos de conservação ambiental, cultural e do patrimônio histórico, no município de São Francisco do Sul.

“Mas não somente isso, haverá seguramente aumento no percentual de arrecadação de impostos para o Município, que terá ainda mais condições de desenvolver melhorias para sua população”, explica Real, lembrando que a expansão da indústria propiciada a partir do aumento da disponibilidade de gás traz um efeito cascata no aumento da arrecadação de impostos correlacionados, melhorando a receita bruta líquida dos municípios e a própria cadeia de trabalho que surgirá para suprir as demandas do empreendimento como alimentação, logística, entre outros.

O empreendimento vai proporcionar, principalmente, mais segurança energética à região Sul, garantindo o fornecimento de gás natural e um aumento na disponibilidade desse combustível em quase 50%, o que, certamente, será um fator de atração de novos investimentos para a região e dará condições para a expansão do mercado para municípios que hoje não contam com o suprimento.

Audiência Pública Terminal Gás Sul (TGS)
Data:
03 de setembro de 2018
Horário: 19h
Local: Cine Teatro X de novembro.
Rua Dr. Hercílio Luz, 50. Centro Histórico – São Francisco do Sul.

Da Approach Comunicação, com adaptação da Tribuna de Itapoá. FOTO: Divulgação.

Avatar

Thiagão

Jornalista pela PUC/PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná) com pós-graduação em Marketing Empresarial pela UFPR (Universidade Federal do Paraná), Thiago Gusso já trabalhou em importantes projetos de comunicação de Curitiba (PR) e Itapoá. Atualmente, responde pela Direção do site Tribuna de Itapoá e do jornal impresso Itapoá Notícias, nos quais segue também em sua atuação como jornalista. E-mail: thiago@itapoanoticias.com

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Deixe seu comentário via Facebook