Alô inverno! A gripe e o resfriado chegaram

No dia 21 de junho, entraremos na estação mais fria do ano, o inverno. Juntamente com as temperaturas mais baixas e queda da umidade relativa do ar, surgem as infecções de garganta, gripes, resfriados, entre outras doenças que são comuns nesta época.  É preciso estar atento, pois de acordo com a especialista em otorrinolaringologia Alessandra Loli, entrevistada pelo Itapoá Notícias / Tribuna de Itapoá, o resfriado ou gripe podem evoluir para otite, pneumonia, faringoamigdalite e laringite (doenças mais severas).

A especialista destaca que as infecções virais das vias aéreas superiores (IVAS) estão relacionadas a quedas de temperaturas e umidade do ar, porque estas resultam no ressecamento da mucosa das vias aéreas, diminuindo a eficiência da primeira barreira de defesa do nosso corpo. “Além disso, no inverno, as pessoas tendem a se manter em ambientes mais fechados, o que aumenta o risco de infecção pelos vírus respiratórios, pois as gotículas/aerossóis expelidos durante as tosses ou espirros tendem a permanecer mais tempo no ar mais seco, o que aumenta a chance das infecções”, diz ela.

Todos buscam ficar aquecidos, mas é necessário permitir a ventilação do ar, porque locais com aglomerações de pessoas são ambientes propícios para contaminações indesejadas. Há uma diversidade infinita de vírus espalhados por todos os lugares. Portanto, é fundamental manter a higiene, assim como proteger boca e nariz ao tossir ou espirrar.

É gripe ou é resfriado?

Ainda de acordo com a especialista, no resfriado, os sintomas são mais discretos. Inicialmente, surge uma dor de cabeça, calafrios, dor de garganta, espirros e mal-estar. “Geralmente, a severidade dos sintomas aumenta rapidamente em dois ou três dias após a infecção, com uma duração média de sete a dez dias. Alguns sintomas, no entanto, podem persistir por mais de três semanas. Na gripe típica, o início dos sintomas é súbito, caracterizado por febre alta, dor de cabeça intensa, tosse, dor de garganta, dor no corpo, congestão nasal, cansaço, fraqueza e falta de apetite”, esclarece a médica. Ou seja, os sintomas de gripe tendem a ser mais intensos do que os de um simples resfriado.

É comum o “diagnóstico caseiro” para determinadas doenças, assim como as receitas de chás antigripais que são passadas de pais para filhos. É importante lembrar que chás não são medicamentos, mas segundo a especialista, auxiliam na hidratação do corpo. Produtos naturais como alho, folhas de guaco e camomila também ajudam a aliviar sintomas virais. Quando se tratar de idosos, crianças e portadores de doenças crônicas, a atenção deve ser redobrada. Lembrando que nenhuma medida caseira deve substituir a consulta médica. “O médico é o profissional habilitado para examinar, diagnosticar e prescrever qualquer tipo de medicação. Nenhum paciente deve se auto medicar”, ressalta Alessandra Loli (CRM/SC 22998), especialista em Otorrinolaringologia e Otorrinolaringologia Pediátrica e integrante do corpo clínico da Clínica Chung.

FOTO: Internet / Divulgação.

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Luana Cristina

Jornalista pela Univali (Universidade do Vale do Itajaí), já trabalhou em veículos de comunicação em Santos (SP), editoras de revistas de Balneário Camboriú e Itajaí. Atualmente, integra a equipe de jornalismo do site Tribuna de Itapoá e do jornal impresso Itapoá Notícias.

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