Pouco se fala, ou quase nada se fala, sobre o ‘estado’ das calçadas de Itapoá. Parece que ninguém anda a pé, ou se o faz, certamente não utiliza sequer as poucas existentes, construídas por ‘força de lei’. Na dúvida, basta um olhar e nem precisa muita atenção, para perceber como são e como estão as raras calçadas existentes em Itapoá.
Antigamente, as cidades tinham grandes áreas arborizadas que, com o crescimento urbano, foram suprimidas. As áreas verdes gradativamente tomadas, o solo impermeabilizado com a pavimentação das ruas. As árvores remanescentes, coitadas, sufocadas pelo concreto nos passeios.
Assim como as ruas, avenidas, praças e outros equipamentos urbanos, é preciso que as calçadas sejam projetadas cuidadosamente, considerando-se soluções sustentáveis, como pisos drenantes e arborização correta, por exemplo.
Existem materiais e tecnologia que possibilita pavimentar sem impermeabilizar o solo. A chuva, antes canalizada na rede de águas fluviais e direcionada ao mar e rios, – causa de enchentes e erosão – pode ser utilizada na realimentação das reservas subterrâneas no solo.
Existem materiais em concreto, tipo blocos drenantes, que deixam a água passar e penetrar no solo. Produtos feitos com material agregado graúdo, formando poros que fazem a água escoar. Também, blocos intertravados fabricados com a mesma característica. Os pisos drenantes possuem diversos formatos e espessuras e são capazes de suportar diferentes cargas. Assentados sobre um colchão de areia e uma camada filtrante de pedra britada permitem a passagem da água para o subsolo.
A calçada, para cumprir sua finalidade, precisa ser estudada em um projeto detalhado, que considere as características de cada local, especialmente o tipo de solo, o nível de chuvas, o clima e os aspectos culturais do lugar.
Ao primeiro olhar parece obra simples, mas para ter qualidade e durabilidade, é preciso considerar o terreno, talvez até prever sistema subterrâneo de drenagem, escolher adequadamente os tipos de pavimento e integrar uma combinação estética agradável. Enfim, é preciso um projeto.
Projeto detalhado, que evite rampas íngremes para acesso às garagens, sem degraus e desníveis que dificultam e muitas vezes impossibilitam a passagem de cadeirantes e pessoas idosas. Que defina as faixas que serão pavimentadas, que estabeleça a largura dos canteiros e a posição das árvores, postes e possíveis mobiliários urbanos. E, numa cidade turística, padrões estéticos bem definidos.
Ensina o psicanalista gaúcho Mario Corso, que é no “espaço exíguo das calçadas que o público e o privado se encontram, é à beira mar dessas contingências. Um buraco na rua é problema da Prefeitura, um buraco na calçada é problema nosso. A calçada é, e não é nossa. Somos os responsáveis, porém não os donos. Calçada malconservada, suja, obstruída, privatizada, ou a ausência dela, dá a nota da cidadania de cada local. Porque, nesse caso, não se trata de invocar o estado faltante, nossa desculpa mais corriqueira, quem falha aqui é o cidadão”.
Outono, 2016.
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Gostaria de platar palmeiras na calçada em frente de casa, deixando 2,30mts livre para pedestre e cadeirantes,qual orgao da prefeitura preciso procurar para ter uma autirizaçao...
Calçadas???
Pior é, reclamar para quem?
Fui na Prefeitura em novembro pedir para limpar o bueiro aqui na esquina, que quando chove não conigo sair de casa, porque a água não escoa. A previsão é para novembro de 2016. Uma vergonha né?? E o que acontecerá se eu resolver pospergar o pagamento do imposto??
Sem falar da "mobilidade" da Rua André de Freitas em Itapema do Norte, uma pessoa fisicamente perfeita já tem dificuldade de locomoção, imagina uma pessoa especial. Na realidade estamos abandonados.