Passado o período eleitoral, a Coluna Cultural pode retornar desse momento com algum aprendizado. Segundo as pesquisas qualitativas que orientam as campanhas eleitorais dos diversos candidatos, e também pela pouca presença da mesma no conteúdo das propostas divulgadas para angariar votos, pode-se notar que a pauta da Cultura está bem longe de ser uma prioridade de interesse para a população.
Saúde e Educação são as primeiras no ranking, infraestrutura vem em terceiro lugar, seguida do transporte. Esse dado pode servir de reflexão sobre o distanciamento da pauta da Cultura do interesse imediato da população, o que é bem compreensível, já que ela não é uma pauta que atende as necessidades básicas do indivíduo. Aliás, ela só é possível após ter essas necessidades garantidas.
Desse modo, pode-se com justiça pensar que promover o acesso e democratização da cultura é uma necessidade a posteriori, que deveria vir depois. Mas entraríamos, assim, novamente, dentro do círculo vicioso onde a falta de atividades culturais geram o afastamento do interesse por elas, e esse afastamento irá gerar essa mesma falta. No entanto, somente a Cultura, como expressão do pensamento crítico, seja via filosofia ou arte, poderia contribuir para a transformação de uma sociedade que, sem essa crítica, caminha para o não atendimento dessas necessidades básicas de forma igual e justa para a população.
Se pensarmos ainda que Cultura e Educação não podem ser pensadas separadamente e que toda mudança possível em uma cidade, estado ou país, passa pela Educação, percebemos novamente o perigo desta pauta não somente não estar presente nos anseios da maioria da população, mas também nem ser possível estar presente, visto que a carência de necessidades básicas impede este anseio.
Desse modo, a carência material gera uma carência cultural, e mesmo nas chamadas culturas populares, a tendência é a mesma. E uma carência cultural nos impede de chegar a soluções dessas carências materiais através do pensamento crítico, da expressão artística, e do movimento das consciências que poderiam fazer a roda girar em outro sentido, que ao contrário do que se vive, somente tende a aumentar o abismo entre os que têm acesso à saúde, educação, transporte, e infraestrutura de qualidade e aqueles que não possuem este acesso.
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