Está marcado para as 09h do próximo dia 28 de setembro, na sede do Tribuna de Justiça de Santa Catarina (TJSC) em Florianópolis, o primeiro julgamento de um prefeito preso por conta da Operação Mensageiro (escândalo de corrupção que envolveu a prestação de serviço de coleta de lixo em diversas cidades de Santa Catarina). Trata-se do julgamento de Marlon Neuber (PL), ex-prefeito de Itapoá.
No fim do último mês de maio, o processo contra Marlon já havia sido o primeiro a ter audiências com testemunhas e interrogatório dos réus. Na mesma ação, ainda são réus o empresário Amilton José Reis (cunhado de Neuber), um ex-chefe de gabinete do ex-prefeito e sete pessoas ligadas à empresa Serrana Engenharia, que é pivô do escândalo.
A sessão de julgamento, que ocorrerá na 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, contará com as manifestações do Ministério Público e da defesa de cada um dos réus. Na sequência, a relatora do caso, desembargadora Cínthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer fará a leitura do voto que poderá ser pela condenação ou absolvição dos réus, além disso, ela define as penas. Depois dela, ainda votam o revisor e um dos desembargadores que integram o grupo. Um pedido de vista pode interromper a votação.
Em manifestação ao NSC Total, a defesa do ex-prefeito de Itapoá afirmou que vê com serenidade o julgamento e estará presente para realizar sustentação oral. A Serrana Engenharia, por sua vez, informa que todos os seus esclarecimentos e manifestações em relação aos julgamentos serão realizados exclusivamente nos respectivos autos dos processos da Operação.
RELEMBRE O CASO
O ex-prefeito de Itapoá foi preso em dezembro de 2022 na primeira fase da Operação Mensageiro.
Durante as investigações, depoimentos deram conta de que propinas eram pagas pela Serrana Engenharia ao gestor público a fim de manter os contratos já existentes, realizar aditivos, renovações, reajustes dentro da inflação e garantir os pagamentos em dia. Antes mesmo de assumir a Prefeitura de Itapoá, Marlon teria procurado o proprietário da empresa para fechar acordos que os beneficiassem. O próprio ex-prefeito confessou ter recebido cerca de R$ 460 mil da Serrana ao logo dos anos. O primeiro pagamento foi realizado ainda antes da eleição do ex-prefeito, no valor de R$ 150 mil. Parte do dinheiro foi utilizada na campanha eleitoral. O pagamento de propina também teria financiado um imóvel e auxiliado no financiamento de campanhas eleitorais no âmbito estadual e federal de aliados de Marlon Neuber. O ex-prefeito ainda teria solicitado à empresa para que o acordo garantisse o recebimento de propinas mesmo após a saída de Marlon da Prefeitura, algo que funcionaria como um seguro desemprego.
Marlon estava na sua segunda gestão frente ao Poder Executivo Municipal (havia sido eleito em 2016 e 2020) até renunciar ao mandato em julho deste ano de 2023, sete meses após sua prisão.
IMAGEM: Facebook / Arquivo.
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Vou a Itapoá desde 1989, tinhamos belas praias com 50 MTS de Areia para que o turista ficasse tomando seu banho de sol, após a construção do porto pode ser coincidência mas a área da areia começou a ser invadida pelo mar, atualmente os Balneários Brasilia e adjacências não mais existe está área. Se não for feito o que Balneário Camburiu e Matinhos fizeram não mais teremos turistas a frequentar a nossa cidade. Atenção senhores políticos.