As cidades, assim como as pessoas, também ficam doentes. É o que diz Carlos Dora, especialista em saúde pública e meio ambiente global, ligado a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Elas são acometidas de um mal chamado “doença urbana”. Enfermidade não transmissível, mas causadora de mortalidade. Seus vetores são a poluição do ar que provoca doenças do coração e pulmões; a inatividade física dos seus habitantes, provocada pelas facilidades do transporte motorizado, causa de obesidade, doenças cardíacas e câncer, além dos frequentes acidentes de transito.. Tem tudo a ver com mobilidade urbana e os efeitos “colaterais” do modal de transporte mais utilizado nas cidades: o automóvel.
Aponta que a utilização da bicicleta como transporte individual pode proporcionar ganhos de saúde significativos para a população. Neste sentido, a Organização Mundial de Saúde possui softwares que possibilitam calcular quanto os investimentos em ciclovias proporcionam para a saúde. Tudo quantificado em moeda, isto é, ganhos expressos em dinheiro e obtidos a partir da diminuição das consultas médicas na rede pública, do tempo gasto na locomoção para o trabalho, das internações nos hospitais, da dispensa de medicamentos e por aí afora.
Argumenta que o transporte coletivo organizado oferece rapidez e conforto para o usuário, podendo, inclusive, suplantar o transporte feito com automóveis. Além de proporcionar melhores condições para a população caminhar ou pedalar em uma cidade limpa, com menos poluição no ar, com menos risco de acidentes no trânsito, não só com o acidente em si, mas com o temor de sofrê-lo ao atravessar uma rua ou avenida.
Segundo ele, a segurança no trânsito está envolta num círculo vicioso. O medo de que o filho possa sofrer um acidente no trajeto para a escola, faz o pai levá-lo de carro. Quanto mais pessoas adotarem esse procedimento, mais carros estarão nas ruas e mais risco de acidentes. As cidades são projetadas para o automóvel e não para as pessoas.
Sustenta que um “bom” sistema de transporte deve prever espaço para os pedestres e para as bicicletas, proporcionando não só ganhos com a saúde, mas também igualdade e equidade. Deve possibilitar, também, indicadores para medir o grau de sustentabilidade nas cidades.
Os sistemas de transporte coletivo, precisam ter eficiência operacional: veículos limpos, que circulem com rapidez e segurança e que deem acesso para pedestres e ciclistas. Critérios de escolha qualitativos, ou seja, equipamento condizente, que passe no horário indicado, que tenha informações, dê segurança, acesso e principalmente, planejado com cuidado. Esse conjunto é que dará característica ao ambiente urbano.
Trata-se de uma visão moderna de mobilidade urbana, coerente com os novos tempos. Não importa se a cidade é pequena, litorânea ou serrana. É preciso planejar seu desenvolvimento sob a luz desses critérios, que nem sempre são percebidos. Não repetir o erro de tantas que privilegiaram o automóvel – símbolo do sucesso, crescimento e progresso econômico – em detrimento do transporte coletivo. Muitas estão congestionadas, poluídas, inseguras e sem perspectivas para o futuro.
O que ainda se vê em muitas cidades balneárias e turísticas é o investimento de recursos para ampliar a circulação e o estacionamento dos automóveis. Muito pouco, em ciclovias para bicicletas e amplas calçadas para pedestres.
Quem sabe a “disparada” nos preços dos combustíveis sirva para ampliar o olhar dos gestores públicos para a nova e crescente realidade das cidades.
Itapoá (Inverno), setembro de 2022.
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