A regra de três é uma operação não muito complexa, e pode servir para medir a proporcionalidade entre valores. Além das contas básicas, é uma das poucas coisas que usamos no cotidiano, entre todas que aprendemos em 12 anos de ensino fundamental e médio, com quatro horas semanais de aulas de matemática, seja no ensino público ou particular.
Com ela, podemos já medir a importância que nossa sociedade dá às artes e à filosofia, proporcionalmente às outras “matérias”. Podemos, também, medir proporcionalmente o quanto das horas úteis do nosso dia, semana e mês, dedicamo-nos à contemplação estética, ou a uma atividade artística ou cultural.
Podemos medir, também, no crescimento demográfico de uma cidade, o quanto os investimentos em Cultura aumentaram ou não, proporcionalmente ao aumento da população.
O número de oportunidades gratuitas de acesso a ela deveria aumentar proporcionalmente com o aumento de número de habitantes. Partindo-se, é claro, do princípio que arte e cultura carregam valores essenciais para a sociedade.
O ensino das artes, com espaço e tempo reduzido na carga horária, migram para outros locais: as escolas particulares e especializadas em cada segmento. São louváveis todas as iniciativas e quase heroicas da criação e manutenção desses espaços. No entanto, sem a oferta de oportunidade de acesso gratuito às artes, acaba-se gerando um processo de elitização da mesma por conta dessa desigualdade social. Ou seja, além da desigualdade social, e podemos incluir uma digital também, aprofunda-se as mesmas para uma desigualdade cultural.
Se a arte aprimora o ser humano no seu sentido expressivo; de superação; de concentração; e de sensibilidade; a desigualdade de acesso a ela aprofunda a desigualdade de acesso a muitas outras esferas dentro de uma sociedade competitiva. Em outras palavras, a linha de partida será, para uns, mais distante do que para outros, de onde o ser humano precisa chegar para um desenvolvimento pleno material e espiritual.
Apesar dos pesares, aprendemos a fazer regra de três. E isso nos permite ter um olhar crítico para a proporcionalidade devida de tais acessos e do espaço e tempo investidos por nós, pelas instituições de ensino, empresas, administração pública e sociedade como um todo. Faça a conta.
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