Iniciaram as campanhas eleitorais. E a disputa promete ser acirrada! Seis candidatos a prefeito e vice, envolvendo coligações de diversas tendências. Não menos surpreendente, 124 candidatos a vereador para as nove vagas do legislativo. Não se tem lembrança de tantos postulantes aos cargos eletivos em Itapoá.
Infelizmente, a temática ambiental não ocupou espaço compatível com a sua importância na pauta dos pré-candidatos, agora candidatos de fato e de direito. Quando muito, utilizou-se genericamente a expressão “desenvolvimento” com o apêndice “sustentável”.
O meio ambiente parece não despertar muito interesse, mesmo com o crescente entendimento e manifestação da sociedade quanto a conexão entre qualidade de vida e progresso econômico. A conservação traduzida em áreas protegidas e bem cuidadas não constou nas pautas dos candidatos e, para não generalizar, vale destacar que as eventuais exceções comprovam a regra geral.
Fica uma indagação. Como Itapoá fará para manter seu relevante patrimônio natural, representado pela exuberante Mata Atlântica que abriga os últimos remanescentes das florestas da planície litorânea; pelo manancial da bacia hidrográfica do rio Saí Mirim; pela espetacular orla marítima, detentora de águas limpas e quentes, sustentáculo das atividades turísticas da cidade?
São perguntas que requerem respostas e mais do que respostas, propostas.
A impressão é que faltou tempo para que as proposições dos candidatos fossem melhor apresentadas e discutidas com a população. Essa falta de tempo abriu espaço para que argumentos recorrentes fossem os mais veiculados nas redes sociais.
Para os eleitores sobrou a angustiante tarefa de ter que distinguir quais dos candidatos têm propostas realistas, condizentes com a situação orçamentaria do município.
E, em havendo eleitores preocupados com pauta ambiental dos candidatos, a saída será a tentativa de adivinha-las, pois não há referências claras e diretas nas propostas divulgadas na mídia.
Nessa campanha eleitoral, repetem-se as agendas convencionais, destacando a saúde, educação, segurança e obras, temas que já fazem parte das prioridades em Itapoá.
Há uma falta histórica, dado a desatenção na importância do estabelecimento de políticas públicas que possibilitem a proteção do valioso patrimônio natural de Itapoá, a exemplo, a consolidação da legislação voltada a proteção adequada das Áreas de Proteção Permanente nas margens do Rio Saí Mirim e outros cursos d’agua; políticas públicas para o estabelecimento de Unidades de Conservação Municipais, públicas ou privadas; regularização e implantação definitiva do Parque Natural Municipal dos Carijós e outras de igual importância.
Não será coerente seguir os caminhos adotados por inúmeros municípios brasileiros que ao negligenciarem ações voltadas a proteção ambiental sofrem atualmente gravíssimas crises no abastecimento de água, poluição indiscriminada e outras tantas impropriedades.
Onde estão as propostas para o equilíbrio entre a conservação do patrimônio natural e o desenvolvimento?
Fica a palavra com os postulantes ao Executivo e Legislativo de Itapoá.
Itapoá (primavera), outubro de 2020.
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