Recentemente, li um editorial da Tribuna do Paraná intitulado “Defenda o jornalismo, mesmo que ele esteja errado”. Título curioso e um texto que fala do exercício da minha profissão. Não pensei duas vezes antes de destinar dois minutos ao material opinativo. Como imaginei, não me arrependi.
Resumidamente, o editorial questiona a quem interessa um Jornalismo odiado a partir da crescente onda que dissemina repulsa por veículos e profissionais de comunicação. É claro que o jornal fala em causa própria, mas na atual conjuntura, em que todos falam por si (ou acreditam que assim fazem) atacando o próximo e se lixando para a coletividade, sobrou apenas aos próprios jornalistas, a defesa de sua sobrevivência.
O jornal paranaense cita o livro Teorias da Notícia e do Jornalismo (Editora Argos, 2002), no qual Jorge Pedro Sousa, professor e pesquisador, sabiamente, diz que “nenhuma democracia sobrevive sem uma imprensa livre e nenhuma ditadura sobrevive com uma imprensa livre”.
Ou seja, é melhor que um jornal ou meio de comunicação que não te agrade tenha o direito de dar a versão própria dos fatos, do que deixar de existir. Outros com o mesmo direito também o exercerão e a avaliação será pública. Caso esteja mentindo, que arque judicialmente. Isso é o que move a democracia.
O jornal lembra ainda da escritora inglesa Evelyn Beatrice Hall, que na obra “Os amigos de Voltaire”, de 1906, diz: “Eu desaprovo o que dizeis, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-lo”. Muito famosa, a frase é um símbolo da liberdade de expressão.
Infelizmente, muita gente ainda não percebeu que os veículos de comunicação profissionais tradicionais são os maiores combatentes desse mar de notícias falsas que tomou a internet, especialmente através das redes sociais. Muitos dizem confiar mais no Facebook, Twitter, WhatsApp, entre outros, do que nos jornais impressos e eletrônicos. Países mais avançados têm conseguido, com leis e punições rigorosas, um maior controle das notícias falsas conhecidas como fake news e de seus efeitos na sociedade. Na contramão disso, pesquisa confirma que o Brasil é o país em que as pessoas mais acreditam nas informações sem embasamento. Um pouco de senso crítico por parte da população ajudaria muito a combater esse mal que causa tanta desinformação, mas aparentemente isso não é uma grande preocupação de quem tem poder para tratar a raiz do problema.
Você pode não concordar com tudo o que sai nos jornais, mas jamais deveria se opor ao Jornalismo, a não ser que a democracia não tenha valor para você. Deixe de ler o jornal que você não gosta, mude de canal, experimente conhecer outros entre os milhares veículos de comunicação disponíveis, mas defenda o Jornalismo e sua importância para a sociedade. Sem um jornalismo forte e independente, a democracia enfraquece. Sem democracia, haverá muitas outras bandeiras para você defender, inclusive a do seu direito de se expressar livremente e criticar o que quer que seja, dentre as inúmeras possibilidades de discordâncias.
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