O ser humano é uma grande síntese. A cada momento, ele reúne, seleciona e dá uma unidade através de sua pessoa a tudo o que experimentou, leu, ouviu e sentiu. Impossível ser diferente. Quando se tem consciência disto, convém buscar uma qualidade para aquilo que recebemos através da nossa sensibilidade.
Sem essa consciência, multiplicamos através das redes sociais, matérias, vídeos e imagens sem um conteúdo positivo, muitas vezes falsos, e até nocivos para nós mesmos e para a sociedade.
Ora, se somos uma mistura inevitável de tudo o que recebemos, mesmo que tenhamos uma consciência crítica sobre determinados conteúdos falaciosos, não deixamos de ser afetados e influenciados pelos mesmos, muitas vezes, inconscientemente.
Esse é o lado negativo de permitirmos qualquer texto, opinião, música, imagem, vídeo fazer parte do nosso repertório de experiências, e com maior preocupação também de nossas crianças.
O lado positivo, porém, é conseguirmos compreender e sintetizar coisas positivas de diversas culturas e experiências diferentes da nossa. Câmara Cascudo demonstra esse sincretismo dizendo: ‘Há novidades que contam 23.000 anos, (…) estirar a língua é sinal de desaforo para os Romanos 3 séculos antes de Cristo, Leite de coco veio da Índia. Cuscuz é árabe. A cuíca também. Sarapatel é hindu. O gesto feio de dar bananas é europeu. (…) é chinês, o papagaio de papel e o foguete, indispensável em nossas festas. Essas pequeninas citações apenas positivam a convergência de elementos que ajudam a formar nosso cotidiano.”
No mês do seu aniversário, 23 de abril, o melhor exemplo de sincretismo cultural é o gênero brasileiro chamado Choro. Ele é uma mistura de instrumentos, da música executada nas danças europeias e ritmos africanos que deram representatividade a misseginação brasileira através desse gênero musical.
Sem essa capacidade de boa síntese, o Choro não seria possível.
Se quisermos, então, nos tornar pessoas melhores e assim formarmos um mundo melhor, devemos estar atentos aos canais, veículos, formas, e experiências que qualitativamente melhorem a síntese inevitável que somos e que formam nossa personalidade.
O mesmo deve ser feito com as nossas crianças que ainda não possuem uma consciência crítica daquilo que recebem. Lugares, pessoas, ideias, atividades positivas e edificantes vão formar o que você é.
O antigo adágio que dizia ‘diz-me com quem andas que te direi quem és’ era verdadeiro neste sentido. Hoje, ampliando o leque de relações e comunicação social diríamos “diz-me com quem andas, com o que te informas, o que você curte e compartilha, o que você posta, qual o seu círculo de amizades, quais lugares frequenta, quais atividades você pratica”, e saberemos que a síntese de tudo inevitavelmente compõe a sua pessoa.
O mágico disso é que o ser humano tem a infinita liberdade de mudar o rumo de sua vida caso as experiências e canais escolhidos, ou simplesmente aceitos, não estiverem trazendo a felicidade desejada, que aliás, só pode ser conquistada através de um aprimoramento pessoal.
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O Mutti, assim como o Werney, são os filósofos de Itapoá. E se são de Itapoá, são do mundo. Nos ajudam a explicar, entender, digerir o redemoinho existencial. Vida longa aos filósofos!